Em 1923, quatro santa-cruzenses realizaram uma viagem considerada inédita: Garibaldi Simões Pires, Ricardo Hoffmann Filho, Adolfo Sthalecker e Leopoldo Strohschen foram de barco a remo até Rio Pardo. A história foi contada na Gazeta do Sul de 29 de maio de 1957.

Além de conhecer o Rio Pardinho e suas margens, tinham como objetivo visitar o amigo Felipe Hagemann, gerente da Navegação Becker Ltda. Ele era parceiro dos pescadores e costumava  franquear-lhes o galpão para acampamento e repouso.

O grupo embarcou junto à antiga ponte de ferro do Rio Pardinho (ao lado do Lago Dourado) no dia 28 de fevereiro de 1923 e chegou em Rio Pardo em 2 de março. O fotógrafo Guilherme Kuhn registrou a saída. Houve dois acampamentos, em Linha Sítio e São José da Reserva.

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A viagem levou 27 horas e 15 minutos, sempre remando. Eles enfrentaram muito trabalho em pontos de “tranqueiras”. Foi necessário abrir caminho no leito do rio, cortando toras e galhos de árvores com o uso de serras e machados. Após confraternizarem com Hagemann, o grupo retornou de carro a Santa Cruz.

Em julho de 1954, outros pescadores santa-cruzenses resolveram reeditar a façanha. Desta vez, utilizaram três barcos com motor de popa, fazendo o percurso em seis horas. Os viajantes foram Adolfo Stahlecker (remanescente da primeira excursão), Bruno Kliemann, Curt Kirst, Augusto Krueger, Oswaldo Hennig (Ossy) e Sérgio Simon.

A navegação entre Santa Cruz e Rio Pardo era um sonho dos imigrantes alemães que chegaram em 1849. Em 1852, o governo da Província encomendou um estudo e concluiu que isso seria possível, mas com embarcações de pequeno porte. Há 167 anos, o Pardinho não era assoreado e o volume de água era muito maior.

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Foto: Arquivo Pessoal
Gazeta noticiou a aventura que os santa-cruzenses realizaram
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