Em 2007, o cineasta James Cameron (Titanic, Exterminador do Futuro, Aliens, Avatar) resolveu dar o golpe do baú, a exemplo do autor do livro O Código Da Vinci. Afinal, fé e religião são ótimos produtos comerciais. Na ocasião, anunciou o documentário O Túmulo de Jesus (no Discovery), sobre uma possível descoberta do túmulo de Jesus (e da sua família), próximo de Jerusalém.
Como Brown, sofreu agudas contestações. O arqueólogo israelita Amos Kloner (1940-2019) declarou que o documentário não constituía prova científica. Disse: “Jesus e seus parentes eram de uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. O túmulo encontrado pertenceria a uma família de classe média do século primeiro”.
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O “chumbo grosso” veio de religiosos de Israel e da Igreja Católica. Eles afirmaram que “as provas” de Cameron não conferiam com a doutrina cristã e que a ressurreição de Jesus era um dos pilares da fé cristã.
Revisionista, a sorte de Cameron é que já não havia mais inquisição! No caso da religião, os historiadores e os curiosos foram/são estimulados pelos evangelhos apócrifos (não autênticos/origem desconhecida). São documentos que foram rejeitados pela Igreja por ocasião da consolidação dos principais ensinamentos doutrinários, a fim de favorecer o crescimento e a popularização do cristianismo.
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Final e ironicamente, tudo é sempre uma questão de perspectiva. Os moradores da região – onde foram encontrados os tais túmulos de Cameron – ficaram satisfeitos com os rentáveis efeitos do turismo.
Humor. Aliás, a propósito da existência e da origem de Jesus, tem uma história muito engraçada. Vários representantes de países se reuniram para discutir sobre onde realmente nascera Jesus. Cada qual defendia que Jesus tinha nascido em seu respectivo país, e apresentava três argumentos.
- Que Jesus era judeu: assumiu os negócios do pai, viveu em casa até os 33 anos e tinha certeza de que a mãe era virgem, e a mãe tinha certeza de que ele era Deus;
- Que Jesus era irlandês: nunca foi casado, nunca teve emprego fixo e seu último pedido foi uma bebida;
- Que Jesus era porto-riquenho: o nome dele era Jesus, sempre teve problemas com a lei e a mãe dele não sabia quem era o seu pai;
- Que Jesus era italiano: falava com as mãos, tomava vinho em todas as refeições e trabalhou no comércio;
- Que Jesus era californiano: nunca cortou o cabelo, andava descalço e inventou uma nova religião;
- Que Jesus era francês: nunca trocava de roupa, não lavava os pés e não falava inglês;
- Que Jesus era brasileiro: nunca tinha dinheiro, vivia fazendo milagres e se “ferrou” na mão do governo.
Um pouco de cinema, história, religião e bom humor nunca é demais. Tenham todos um feliz Natal!
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