Ao menos dois eventos muito aguardados pelos santa-cruzenses, em 1970, acabaram em confusão. Os fatos mereceram destaque na Gazeta do Sul. Confira.
O esperado show do cantor Nelson Gonçalves, no Cine Apollo, acabou em confusão. O artista negou-se a cantar, alegando que o público de 400 pessoas era muito pequeno. Os organizadores ficaram um bom tempo argumentando que não poderiam mandar as pessoas embora e devolver o dinheiro. A demora irritou o público, que começou a gritar e a bater os pés no chão. O artista acabou cantando, mas muitos acharam que não estava se empenhando o suficiente.
Um assistente reclamou em voz alta e o cantor mandou que ele o esperasse na rua. No fim do show, formou-se a confusão. O artista tentou pegar o revólver do empresário, mas foi contido. A situação acalmou-se sem mortos e feridos. Nelson (1919-1962) era gaúcho, foi lutador de boxe e tinha 43 anos quando esteve aqui. Ele foi um dos maiores vendedores de discos do Brasil. (Gazeta, 20/10/1970)
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Outro evento que acabou em pancadaria foi o espetáculo de Luta Livre Americana, promovido pela academia do professor Henrique Dias, de Santa Cruz. A promoção lotou o ginásio do Corinthians. Participaram os lutadores Kid Trovão (cinturão de prata nas lutas da TV Piratini), Kid Mandarin (campeão paulista), Bianchi, Antonello, Jack Carlos, Komann (campeão da TV Rio) e outros.
A luta final foi entre Henrique Dias e Abaeté-Itajubá, campeão gaúcho peso-galo e detentor do título de Mister Sparta 1962. No quinto round houve confusão entre o público e o árbitro, que estaria favorecendo o porto-alegrense. Pessoas subiram no ringue para pressionar o juiz e até cadeiras foram jogadas. Passada a confusão, Henrique foi declarado vencedor. (Gazeta, 16/11/1970)
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