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Relembre: acidente no Pará repete história do Rio Jacuí em Rio Pardo

O município de Acará, no Pará, fica a quase 4 mil quilômetros de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Embora tão distantes, a cidade paraense reviveu neste sábado, 6, uma situação vivida em Rio Pardo no dia 23 de setembro de 1990.

Quase 30 anos depois que o barco graneleiro, chamado de Alazão, derrubou em torno de 150 metros de vão da ponte que passa sobre o Rio Jacuí entre Rio Pardo e Pantano Grande, a história se repete no município paraense. 

Neste sábado, uma balsa que levava rejeitos de dendê chocou contra um dos pilares da ponte da Alça Viária, sobre o Rio Moju, em Acará e derrubou quatro pilares da mesma. Dois carros passavam pela ponte no momento do acidente e os tripulantes do veículo estão desaparecidos. Ainda não se sabe o número exato de pessoas. 

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Foto: Divulgação

Ponte no Pará

Relembre como foi na ponte do Jacuí 

Era 23 de setembro de 1990, o Alazão, da Empresa de Navegação Minuano, seguia pelo Rio Jacuí carregado com 2,4 toneladas de trigo, quando chocou-se em um dos pilares que sustentava a ponte. A estrutura inaugurada em 1957 não foi forte suficiente e acabou cedendo. Cerca de 150 metros de vão foram por água abaixo, literalmente. 

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O acidente aconteceu porque o leme quebrou e o barco ficou à deriva. Os tripulantes do Alazão tentaram segurar a embarcação, mas não conseguiram. A ponte atingiu o barco pelo lado de Pantano e ele ficou de ponta, com as hélices fora da água. 

Diferente do que aconteceu no Pará, não havia nenhum carro passando no momento do acidente. Mas a ação rápida dos tripulantes também ajudou. Eles colocaram uma bandeira vermelha a abriram a buzina do Alazão. Quem passava pelo local, ouvia a movimentação, que atraiu dezenas de curiosos. 

Foto: Divulgação
Ponte do Jacuí

Cavaleiros que vinham para a Semana Farroupilha ficaram ilhados de um lado do rio. E nos dois anos seguintes, enquanto a ponte era reconstruída, mais gente sofreu. Primeiro, pescadores aproveitam a oportunidade de negócio e começaram a atravessar as pessoas em caíques a motor. Depois, a Prefeitura de Pantano contratou uma lancha, principalmente para professores e estudantes universitários.

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Ainda chegou uma barca, no entanto, a situação nunca era amenizada. Tinha gente que esperava até 12 horas na fila para atravessar. A reconstrução foi concluída em 1992. 

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