Nesta véspera de Finados, vamos lembrar a história dos primeiros cemitérios de Santa Cruz. Após a demarcação das 25 quadras da futura vila, em 1854 a direção da colônia indicou uma área para sepultamentos. Situava-se na confluência das atuais ruas Venâncio Aires, Tiradentes e Av. Independência (onde é a Comunidade Evangélica).
As ruas ainda não existiam e o terreno era distante do Centro. O enterro dos católicos ocorria no quarteirão onde está a Igreja Evangélica. Os evangélicos tinham os túmulos onde hoje é o leito da Rua Tiradentes em direção à Av. Independência, 100 (atual sede da Guarda Municipal).
O cemitério foi palco de fuzilamentos em 1894, durante a Revolução Federalista. Por ordem do chefe da Guarda Nacional, três revoltosos foram mortos no portão e enterrados no local. A cena foi retratada em uma tela de autor desconhecido. O quadro virou cartão-postal e foi enviado até para o exterior. O pintor não foi fiel ao ambiente, pois os morros que aparecem ao fundo não existiam.
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Em outubro de 1899, o intendente Jorge Eichenberg criou o novo Cemitério Municipal, nos altos da Av. Indepedência, então chamada de Entrada Rio Pardinho. A área ficava longe do Centro e pertencia a Jorge Zingler e parte a Gustavo Iserhard. Com isso, o antigo cemitério foi desativado.
Em 1919, a intendência vendeu para a Cia. de Fumos Santa Cruz uma parte da gleba do velho cemitério. Durante escavações da obra, alguns caixões foram desenterrados. Em setembro de 1951, ao mexer no leito da Rua Tiradentes (entre a Venâncio Aires e Ernesto Alves), o fato voltou a repetir-se.
Em 2000, quando a Prefeitura instalou a Secretaria da Habitação no prédio onde ficava a indústria Sulina, na Av. Independência, também algumas lápides foram desenterradas.
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