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Memória

Relembre a expansão da fumicultura em Santa Cruz

Foto: Reprodução

A usina de fumo da CBFF em 1930. Chamam a atenção os modernos carro e caminhões da época | Foto: Reprodução/Livro dos 102 anos da Souza Cruz

Na edição natalina de 1949, a Gazeta publicou reportagem sobre as três décadas da Companhia Brasileira de Fumo em Folha (CBFF) em Santa Cruz. A antiga Souza Cruz, que hoje denomina-se BAT Brasil, está comemorando 120 anos de instalação no País. Vamos aproveitar para recordar como foi o início em nossa cidade.

A companhia, pertencente à BAT (British American Tobacco), chegou em 1917, quando adquiriu a área de 75,4 mil metros quadrados para instalar seu complexo. A gleba situava-se fora do perímetro urbano, onde hoje está o Carrefour, Hotel Vila Flor e outros. Logo, iniciou a edificação dos enormes pavilhões, usados a partir de 1918. No interior, foram construídos os primeiros fornos para secagem de fumo de estufa.

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Os diretores, de 1917 a 1949, eram Julius Lies, Erick Pullen, Joel Hart, Patrick Fairon, Richard Tankerslei e Lionel Nias. Já os primeiros fregueses foram Gustavo Schmitt, da Picada Velha, Pedro Morsch (Dona Josefa), Guilherme Fischer (Trombudo) e Jacó Baierle (Cerro Alegre). Eles acabaram contratados como instrutores para ensinar o cultivo do fumo de estufa. Augusto Hennig, Helmuth Bernhard, Jacob Doern Filho, Reinaldo Emmel, Reinardo Emmel, Augusto Emmel, Bernardo Fischer, Nicolau Kliemann, Francisco Kliemann, Adão Tietze e Ernesto Wild formavam o rol dos primeiros fornecedores de fumo de galpão.

A companhia escolheu o município para instalar o maior complexo para beneficiamento de tabaco da América do Sul devido ao solo e clima adequados para o fumo de estufa; pelo capricho e experiência que os colonos tinham no setor; por Santa Cruz já ter fama na produção de fumo de galpão; pela existência de pequenas firmas exportadoras, e por ter a estrada de ferro que facilitava o transporte.

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Em 1955, a CBFF alterou a denominação para Souza Cruz. Na década de 1970, transferiu as instalações para o Distrito Industrial de Santa Cruz. Em 2020, passou a chamar-se BAT Brasil. Até hoje, muitos ainda se referem à empresa como Souza Cruz.

Pesquisa: Gazeta de 23/12/1949

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