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Relembre a época das corridas de cavalos em Santa Cruz

Prado Municipal , no atual Parque da Oktoberfest, lotava nas tardes de domingo | Fotos: Arquivo da Gazeta do Sul

Ao longo da história, Santa Cruz do Sul sempre valorizou as mais diversas modalidades esportivas. No início do século passado, o hipismo foi destaque, com as corridas realizando-se no Prado Municipal, que ficava no atual Parque da Oktoberfest (na época, chamado de Logradouro Público).

A inauguração ocorreu em 18 de março de 1900, com administração da Sociedade Prado Santa Cruz. Foram realizados cinco páreos. No  primeiro, correram cinco animais. No segundo, foram seis. E nos demais, cinco novamente. Um grande público compareceu e as apostas foram altas.

Em meio ao entusiasmo das pessoas, na segunda disputa houve momento de preocupação. Um cidadão vindo de Porto Alegre atravessou a pista e foi atropelado por um cavalo. Ele ficou desacordado por algum tempo e sofreu ferimentos. Felizmente, não foi nada grave e, depois de descansar por dois dias na casa de parentes, retornou à capital.

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A cancha circular (chamada bacia) possuía seis raias. A largada e a chegada ocorriam em frente ao atual prédio da Secretaria da Administração, na Rua Cel. Oscar Jost. A pista passava mais ou menos onde se situam a Vila Típica e o Campo Municipal. O local tinha um pavilhão de madeira, onde ocorriam as apostas. Ali também funcionavam a copa e a cozinha, administradas por José Werlang. Ele servia cerveja, gasosa, pastéis, linguiça fervida, pão sovado e café com leite.

Com o passar dos meses, o público começou a se desinteressar pelas corridas e, em 1903, a sociedade resolveu encerrar as atividades. Dez anos depois, com a eleição do coronel Galvão Costa como intendente, o hipismo voltou com força.

Homens compareciam de terno e gravata. Mulheres usavam chapéus e vestidos longos | Fotos: Arquivo da Gazeta do Sul

Galvão era aficcionado por corridas de cavalo e dedicou apoio total ao esporte. O prado então voltou com mais glamour. O local era movimentado e os homens compareciam de terno, gravata, chapéu e sapatos bem lustrados. As mulheres também não descuidavam da elegância e usavam vestido longo, chapéu e sombrinhas em dias de sol.

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