A Subcomissão em Defesa do Setor Produtivo do Tabaco, vinculada à Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), promoveu na sexta-feira, 25, os dois últimos encontros realizados em municípios produtores de tabaco gaúchos, Venâncio Aires e Arroio do Tigre.
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O evento na Capital do Chimarrão foi conduzido pelo deputado Marcus Vinícius, coordenador da Subcomissão, e reuniu cerca de 150 pessoas na Câmara de Vereadores, entre representantes da cadeia produtiva, autoridades e lideranças políticas e empresariais. A iniciativa teve como objetivo coletar informações para formular e encaminhar o posicionamento da ALRS frente às disposições da 10ª Conferência das Partes (COP 10), da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), que ocorrerá em novembro no Panamá.
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Ao todo, seis municípios sediaram os encontros: Santa Cruz do Sul, Camaquã, Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária e Arroio do Tigre. De acordo com o parlamentar, a partir dos eventos realizados, um relatório final apontará as dificuldades e preocupações relacionadas a possíveis sanções que possam impactar a cadeia produtiva do tabaco.
“Diferentemente de outros países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos, o Brasil se curvou ao politicamente correto ao assinar a Convenção-Quadro, o que considero ter sido um erro. De lá para cá, diversas restrições foram feitas a este setor e vamos levar esse documento aos principais representantes do governo federal que integram esse movimento, para que ninguém tenha a desculpa de se omitir na defesa desse setor, para que possamos ajudar a promover o debate mais respeitoso, mas também mais responsável em torno de toda a cadeia produtiva”, destaca o deputado Marcus Vinícius.
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O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, participou da audiência realizada em Venâncio Aires. O executivo também acompanhará a leitura do relatório final nesta terça-feira, 29, às 16 horas, no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a programação da 46ª Expointer.
Para Schünke, o documento será uma ferramenta importante na defesa da cadeia produtiva. “A COP é a pior ditadura que existe, onde o nosso negócio é discutido e não podemos participar. O Brasil, que deveria ser o protagonista na defesa da produção e da exportação do produto, segue na direção contrária, adotando de forma mais acelerada que outros países que não são produtores e exportadores, as recomendações feitas nas Conferências das Partes”, enfatizou.
O tesoureiro da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Fabricio Murini, apresentou os resultados da última safra de tabaco na Região Sul do País. A safra 2022/2023 chegou a 605.703 toneladas e a comercialização do produto rendeu quase R$ 11 bilhões aos produtores. “Os números revelam a magnitude da produção sul-brasileira de tabaco. Somente em Venâncio Aires, 3.530 produtores de tabaco faturaram R$ 328 milhões, receita que gira no município, aquecendo diversos setores da economia”, ressaltou em sua apresentação.
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Murini também trouxe, para efeitos de comparação o que o tabaco representa para a agricultura familiar. Segundo os dados da Afubra, o faturamento médio de um hectare de tabaco se equivale a 6,19 de soja ou a 7,55 hectares de milho.
De acordo com o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, o desenvolvimento de Venâncio Aires foi alicerçado pela cadeia produtiva do tabaco. “Mesmo investindo fortemente na diversificação rural e industrial, o tabaco segue representando mais da metade da economia do município. São vidas transformadas pelo tabaco, com renda, com saúde, educação, e estaremos em novembro defendendo avidamente esse importante setor”, disse o prefeito.
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