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Relator de comissão da Fura-Fila apresenta relatório na próxima semana

Na próxima semana, a Comissão Parlamentar Processante instaurada para apurar a denúncia de corrupção contra três vereadores, réus da Operação Fura-Fila, irá avaliar o texto do relator do processo que pode resultar na perda de mandato dos investigados. A apuração, realizada pelo Ministério Público desde dezembro de 2017, citou Eduardo Wanilson Martins Viana, Marcelo Rodrigues de Carvalho e Mártin Fernando Nyland, junto do vice-prefeito Alcindo Iser, todos do PTB.

A partir do entendimento dos colegas, eles poderão perder os mandatos caso a comissão acolha a denúncia de improbidade administrativa. O relator Flavio Daniel Schunke (PDT) informa que entregará seu relatório à comissão na próxima semana. “Então será decidido se o procedimento continua ou será arquivado”, explica.


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A denúncia de improbidade administrativa, feita de forma anônima, usa as informações coletadas em mais de dois anos de investigação do Ministério Público, na qual os promotores sustentam denúncia de crimes de corrupção nas pastas da Saúde e da Agricultura no município de Vera Cruz. “Se o parecer for positivo, daremos continuidade à comissão, com a defesa dos citados”, acrescentou o relator da comissão processante.

Schunke é também o presidente de outra comissão, que foi instaurada a partir da denúncia de “rachadinha” contra o vereador Waldir Justmann (MDB), também conhecido como “Peda”. “A decisão de acolher esta denúncia foi unânime. Com isso, o processo terá continuidade agora”, complementa Schunke.


Relembre o caso

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Em 5 de dezembro de 2017, o Ministério Público cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em Vera Cruz, a partir de denúncias de benefício para apadrinhados políticos de agentes públicos da Câmara de Vereadores e das secretarias municipais de Saúde e Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. A suspeita recaía sobre a realização de um esquema para favorecimento de apadrinhados políticos em atendimentos nas áreas da saúde e agricultura.

Este favorecimento fazia com que, segundo a denúncia, os apadrinhados políticos dos envolvidos tivessem prioridade – portanto, poderiam “furar a fila” de espera.

Por conta da quantidade de informações obtidas pelo MP e a Polícia Civil durante a operação, a investigação consumiu mais de dois anos. Foram ouvidas mais de 300 pessoas, suspeitas de terem recebido favorecimento político que, segundo o MP, ocorria nas duas secretarias municipais de Vera Cruz.

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