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Relacionamento à distância: é possível?

Longe dos olhos, longe do coração? Nem sempre! Com uma infinidade de recursos tecnológicos – e uma gama de promoções nas passagens aéreas -, a distância, seja de cidade, estado ou país, deixou de ser um impedimento para um romance que, sim, pode dar certo. É claro que poder sair para jantar no meio da semana, pegar um cineminha e dormir de conchinha é ótimo, mas a falta de proximidade física também pode, inclusive, ser algo extremamente estimulante e fazer com que a paixão emerja com mais força.

Com uma dinâmica própria, os amores à distância assustam muita gente e alguns desistem mesmo antes de tentar. Podem estar perdendo a oportunidade de encontrar o amor da sua vida ou de viver uma experiência inesquecível. As redes de relacionamento facilitaram o encontro de pessoas que moram em lugares diferentes, seja para uma amizade ou para algo mais sério.

O casal Gabriela M., 26 anos, e Fernando S., 48, se encontrou no Meu Patrocínio – plataforma que aproxima casais em busca de relacionamentos transparentes, com acordos pré-estabelecidos. Fernando, carioca, atualmente mora nos EUA e Gabriela em Florianópolis. Há quatro meses, o casal vem mantendo um contato exclusivamente virtual. Os compromissos profissionais dele ainda não permitiram que os dois se encontrassem. Mas, para compensar, programaram um primeiro encontro em grande estilo. No início de agosto, partem para uma viagem de duas semanas pela Europa e a Grécia foi definida como ponto de encontro. No mínimo, excitante!

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Hoje casados, Marcelo H., 52, de Porto Alegre e Maíra B., 25, de Curitiba, também tinham algumas centenas de quilômetros entre eles. Usuários do Meu Patrocínio, no início, preferiram manter a relação desta forma por insegurança e, aos poucos, foram se conhecendo melhor. Após de três meses de muitas mensagens, telefonemas e skype, decidiram arriscar um encontro. Depois de 60 dias, Maíra já estava desembarcando com sua mudança no aeroporto Salgado Filho. Casaram-se em 2017 e comemoram a chegada do primeiro filho. Sem as redes de relacionamento, dificilmente teriam se encontrado.

Passando por um problema de saúde que o obrigou a ficar um tempo recluso, João Carlos, 55, paulista, diretor executivo, aproveitou o tempo livre para procurar uma namorada que atendesse aos seus critérios de seleção. Acabou encontrando Janaína, 28, catarinense. Durante o tempo de sua recuperação, João contou com o apoio e carinho dela em telefonemas e facetime. Agora, passados dois meses, estão planejando uma viagem especial para, finalmente, ficarem cara a cara.

Histórias como essas mostram que a distância não é impedimento quando surge o sentimento e a atração. Planejar como será o primeiro encontro, alimentar as expectativas, dando asas à imaginação, torna tudo mais estimulante. Não é fácil fazer um romance prosperar quando não há o contato diário, mas é possível. Manter a comunicação de forma aberta e honesta, com o compartilhamento de incertezas e receios, e estabelecer uma cumplicidade já é um bom começo. É importante estar presente e não se deixar esquecer, mas sempre conciliando horários e utilizando todos os canais disponíveis. O casal deve planejar e estabelecer um tempo para estar juntos, mesmo que seja um planejamento em longo prazo. Enquanto o esperado encontro não acontece, priorize a carreira, os cursos, os amigos, mantenha os seus interesses. Ter uma vida ativa e independente é um forte atrativo para o outro. E, se ambos estiverem dispostos e envolvidos, não será um oceano ou algumas horas de voo que irão atrapalhar uma relação destinada ao sucesso.

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