Formada no dia 5 de janeiro de 1968, a banda Os Atuais celebra os 56 anos com uma apresentação especial nesta sexta-feira, 5, à noite em Santa Cruz do Sul, no Labarca Show Club – Rua Felipe Jacobus Filho, 10. A festa vai marcar o lançamento da música Pássaro Livre, uma parceria entre o conjunto e a cantora Josi Schmitz, a “Josi do Labarca”. Ela abrirá as festividades com a banda da casa, a partir das 21 horas.
“Foi um presente de Deus”, afirmou a cantora. A composição havia sido lançada há um ano e foi gravada com “a cara dos Atuais”. Alguns meses depois, recebeu uma ligação de um integrante da banda para gravar o vídeo com eles. “Agora estou ao lado dos reis”, disse ela. Vinte bolos foram preparados especialmente para a comemoração. Os ingressos antecipados – R$ 20,00 feminino e R$ 25,00 masculino – estão disponíveis até as 15 horas.
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Conforme o proprietário do Labarca, Ilvo Drescher, o Cardeal, receber o grupo é sinônimo de casa cheia. “Eles tocam há 11 anos, desde que estamos abertos, e fazem de três a quatro apresentações”, relatou.
Para Os Atuais, Santa Cruz do Sul é, desde os primórdios da banda, o seu segundo lar. “Foi a região onde mais atuamos. Mais do que na nossa, com certeza”, afirmou o antigo vocalista, Pino Alves da Silva. Entre os momentos mais marcantes no município estão as apresentações na Oktoberfest. “O público santa-cruzense é um verdadeiro presente para todos nós. Estão sempre no nosso coração.”
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Diante da fama na década de 1980, as composições da banda se tornaram obrigatórias nos bailes. “Todo e qualquer conjunto que não tocasse quatro ou cinco músicas dos Atuais não agradava”, recordou o radialista Norberto Frantz.
E nos veículos de comunicação não era diferente. Assim, a Rádio Gazeta FM inaugurou Os Atuais em Destaque, um programa dedicado ao conjunto musical. Após 40 dias, ganhou mais evidência na programação, aumentando para 60 minutos. “Buscamos uma atração que se adaptasse ao ouvido do ouvinte”, destacou Norberto, responsável por apresentar o quadro por mais de dez anos.
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A audiência marcava presença e aproveitava o espaço para pedir músicas e até fazer declarações de amor. “Foi o programa que mais recebeu correspondência”, enfatizou. Para o radialista, a simplicidade das obras é o segredo do sucesso dos artistas. “São músicas simples que falam a língua do povo, sempre com mensagens de amor.”
A história de uma das bandas mais renomadas do Rio Grande do Sul iniciou-se no final da década de 1960, em Tucunduva, no Noroeste do Estado. Localizado a 360 quilômetros de Santa Cruz, o município, hoje composto por 5.542 habitantes, carecia de um clube para os jovens.
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Essa foi a motivação para Ivar David Costa, 83 anos, e mais quatro amigos – Delvino Rigotti, Erno Jost, Ivo Costa e Adolar Hasselmann – formarem um conjunto musical e mudarem o cenário cultural da comunidade. Pouco tempo depois, Pino Alves da Silva assumiria os vocais.
Após três anos, gravaram o primeiro disco, Os Atuais – Vol. 1, com 11 músicas, entre elas a popular Não Diga Nada. Seria um dos grandes marcos da carreira. Durante as mais de cinco décadas, a banda superou as 700 músicas, gravou 47 discos e sete DVDs. Todo o ano, os fãs eram contemplados com algum lançamento.
Em 1983, a banda iria explodir com o disco Barco do Amor. Com mais de 200 mil cópias vendidas, conquistaram o primeiro Disco de Ouro. A marca seria alcançada mais três vezes, ultrapassando 1,6 milhão de unidades compradas.
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Famosos por lotar as casas de shows, receberam o apelido de Reis do Baile. O título surgiu em Porto Alegre, após realizarem um concerto com mais de 4 mil pessoas, superando o público da dupla Chitãozinho e Xororó, que havia se apresentado uma semana antes. “Batemos um recorde”, recordou Pino.
Após dominar o território gaúcho, Os Atuais expandiram a fama para o resto do Brasil. Fizeram aparições nos programas de maior audiência da televisão, incluindo o Chacrinha e o Programa da Xuxa, projetando a música Beijinhos Daqui e Dali a todo o Brasil. “Era praticamente o slogan da Xuxa”, afirmou o atual vocalista, Paulinho Dill.
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Após uma trajetória de quase seis décadas, Pino Alves da Silva, vocalista desde o início da década de 1970, deixaria Os Atuais em 2023, aos 71 anos. “Infelizmente, a idade veio. E eu achei que já tinha feito o que tinha que fazer. Então, parei na hora certa, e fico feliz”, afirmou, orgulhoso.
Pino era o último integrante dos primórdios a permanecer no grupo, abrindo espaço para uma nova geração de músicos. Entre eles está Paulinho Dill, de 36 anos, que assumiu a responsabilidade de ser o novo cantor da banda. “Ela faz parte de minha vida desde pequeno, e em momento algum passou na minha cabeça que um dia eu faria parte dela”, admitiu.
A atual formação da banda busca manter, com exatidão, a essência dos fundadores. E, apesar das comparações, para os fãs não restam dúvidas de que os músicos conseguiram. “Eles incorporaram a ideia dos músicos antigos”, ressalta Ilvo Drescher, dono do Labarca Show Clube. Para Paulinho, a jornada da banda está longe de chegar a um ponto final. “É uma história infinita, consolidada e bem construída. Acredito que teremos bem mais que 56 anos pela frente.”
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