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Rio Grande do Sul tem regras mais rígidas na classificação das bandeiras

Anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) na última quinta-feira, 11, as alterações do sistema de bandeiras tornam mais duras as exigências para que as macrorregiões possam ter a classificação de risco reduzida, bem como passam a considerar dados relativos a todo o Estado. Com as mudanças, o modelo visa prever o avanço da pandemia, para que as autoridades possam agir rapidamente em medidas de contenção.

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As novas regras buscam tornar as políticas de combate ao coronavírus mais velozes e eficientes e preparar a rede hospitalar para um possível aumento na demanda por leitos. De acordo com a coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, o modelo anterior tinha capacidade limitada de previsão, podendo aplicar bandeira preta (risco altíssimo) a uma região apenas dois dias antes de todos os leitos de UTI estarem ocupados, o que acabaria ocasionando um colapso na saúde.

A responsável pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Mariluce Reis, diz que agora o cuidado deve ser ainda maior. “Caso a região alcance a bandeira vermelha ou preta, serão necessárias duas semanas consecutivas de melhora nos indicadores para que haja uma redução na classificação de risco”, observa. A queda do índice de distanciamento social, que pode ser facilmente percebida pelo maior movimento nas ruas e no comércio das cidades, foi um dos fatores que pesou na decisão.

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Na região, 66% dos leitos de UTI – de Covid-19 ou não – estão ocupados. Contudo, com as mudanças nas regras, a ocupação de UTIs em todo o Estado passa a interferir na definição das bandeiras por região – ou seja, uma situação preocupante em determinada região pode impactar nas bandeiras das demais.

Santa Cruz do Sul aguarda a liberação de mais dez leitos de UTI, o que deverá contribuir positivamente para a avaliação do município. Contudo, Mariluce lembra que a pandemia ainda não está superada. “As bandeiras devem ser encaradas como um alerta, que gera restrições maiores ou menores conforme o avanço da doença.”

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O QUE MUDOU

Óbitos por Covid-19
Como era: consideravam-se as mortes nos últimos sete dias a cada 100 mil habitantes.
Como ficou: considera-se a projeção das mortes nas próximas duas semanas, com base nos últimos sete dias.

Indicador de leitos de UTI
Como era: considerava-se o número de leitos livres na sexta-feita a cada 100 mil idosos (principal grupo de risco).
Como ficou: consideram-se os leitos livres na sexta-feira na comparação com leitos ocupados por pacientes com Covid-19 em todo o Estado.

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Doentes ativos
Como era: ativos na sexta-feira na relação com recuperados nos últimos 50 dias.
Como ficou: ativos na sexta-feira na relação com os recuperados nos últimos 50 dias, exceto os da última semana.

Gatilhos de segurança:

Para a redução da bandeira
Como era: máximo de cinco hospitalizações nos últimos 14 dias por Covid-19.
Como ficou: máximo de três hospitalizações nos últimos 14 dias por Covid-19.

Continuidade da bandeira
Como era: qualquer cor poderia ser reduzida semanalmente.
Como ficou: bandeiras vermelha e preta permanecem, no mínimo, por 14 dias antes de poder reduzir.

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