Pelo segundo mês consecutivo, em agosto de 2021 o indicador de roubos de veículos bateu o recorde de menor marca já verificada para um período de 30 dias desde que teve início a contabilização desse tipo de delito no Rio Grande do Sul, há 19 anos. Com 314 casos em todo o Estado, agosto conseguiu superar o mínimo anterior, que havia sido atingido em julho, com 324 ocorrências.
O resultado também representa queda de 41,3% frente aos 535 roubos de veículos registrados em agosto do ano passado. Na comparação com o pico de ocorrências, quando 1.943 motoristas tiveram seus veículos levados por assaltantes no oitavo mês de 2015, a retração chega a 83,8%.
No acumulado de janeiro a agosto, a comparação com o mesmo intervalo de 2020 mostra uma queda de 44,6%, passando de 6.039 casos para 3.345, o que significa 2,6 mil roubos de veículos a menos. A marca é também o menor total da série histórica desde o seu início, em 2002.
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Entre os principais fatores para essas quedas recorde, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, estão a ampliação do uso de videomonitoramento e cercamento eletrônico, que dão maior agilidade na identificação de veículos objeto de roubo para consequente prisão dos assaltantes, bem como o combate ao mercado ilegal de peças automotivas por meio da Operação Desmanche. Lançado no início do ano pelo Departamento Estadual de Trânsito, o site Peça Legal também colabora para encolher o comércio ilícito de peças ao disponibilizar para consulta na internet o catálogo com mais de 8 milhões de itens nos quase 500 Centros de Desmanche Veicular (CDVs) cadastrados em todo o RS.
Em agosto, o Rio Grande do Sul alcançou pela segunda vez, desde que se tem registros, o feito de zerar os indicadores de furto e roubo a estabelecimentos bancários. Em agosto, não houve no Estado qualquer registro de ataque a banco – situação semelhante só havia ocorrido antes em junho deste ano.
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A queda de 100% no recorte mensal colaborou ainda para acentuar a retração no acumulado desde janeiro, que também caiu para sua menor marca na série histórica. Em oito meses de 2021, o RS soma 32 ataques a banco, seis a menos que os 38 de igual período no ano passado, o que equivale à uma queda de 15,8%. Frente a 2016, quando a soma de roubos e furtos a instituições financeiras atingiu o pico de 201 casos entre janeiro e agosto, a queda chega a 84,1%.
O sucesso na redução desse indicador reflete o trabalho desenvolvido pela Operação Angico da Brigada Militar, que ao longo dos últimos dois anos fechou o cerco a bandos especializados nesse tipo de delito por meio da estratégia de pronta-resposta, monitoramento de inteligência e fiscalização do comércio de explosivos. As investigações qualificadas da Delegacia de Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, também impactam no resultado a partir da identificação e prisão de membros de quadrilhas, desde os operadores especializados até os mandantes e responsáveis pelo planejamento desse tipo de crime, o que desarticula a mobilização para novas ações das quadrilhas.
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Outro crime patrimonial que sustenta retração nos últimos dois anos é o roubo a transporte coletivo, que em agosto confirmou a tendência e se manteve no menor patamar desde que teve início a sua contabilização no Estado. Foram 109 ocorrências envolvendo motoristas e passageiros de ônibus e lotações no mês, contra 133 em igual período do ano passado, uma queda de 18%.
No acumulado de janeiro a agosto, a retração é ainda maior. A soma de roubos a transporte coletivo em oito meses passou de 979, em 2020, para 781 neste ano, o que representa retração de 20%. Em ambos os recortes, a comparação do resultado atual com os picos registrados no ano de 2016, significa quedas que superam os 80%.
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