Os casos de furto de gado seguem atormentando produtores rurais de Rio Pardo. Em 2021, foram registrados 45 crimes do tipo, o que significa aumento de 21,6%, já que em 2020 foram 37 casos no município, segundo dados disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP/RS). Para reduzir tais índices, a Brigada Militar (BM) realiza operações voltadas a coibir os criminosos.
O capitão Renan Dutra, subcomandante do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), explica que o abigeato (furto de animais) faz parte do rol de crimes priorizados pelo Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO-VRP). “Isto reflete em máxima atenção para prevenção e repressão imediata a esses delitos. É realizado o acompanhamento diário dos indicadores de criminalidade e reuniões semanais para avaliação de resultados e planejamento de ações”, observa Dutra.
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Em todo o Rio Grande do Sul, no último ano, 5.199 casos de abigeato foram registrados. Mesmo que os números pareçam altos, de acordo com o capitão Dutra, nos últimos seis anos, a Brigada Militar tem percebido diminuição neste tipo de crime na região. “Contudo, no ano passado, realmente houve um pequeno aumento no número de abigeatos em Rio Pardo, assim como em todo o Vale do Rio Pardo”, destaca.
Para tentar reduzir os prejuízos, a BM realiza ações permanentes por meio do trabalho das Patrulhas Comunitárias do Interior (PCIs). “São realizadas rotineiramente visitas às propriedades rurais para troca de informações e aumento da parceria entre polícia e comunidade. Também são feitas ações de polícia ostensiva, como o patrulhamento, abordagens a suspeitos e atendimentos a chamados de emergência.”
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Em Rio Pardo, conforme o subcomandante do 2º BPM, os delitos ocorridos geralmente envolvem um a dois animais e são praticados por criminosos da região. “Em agosto do ano passado, quatro indivíduos foram presos por abigeato na localidade de Abelina. No reboque do veículo foi encontrada uma vaca já abatida. Os criminosos presos na ocasião já tinham ocorrências, em sua maioria, por roubo e furto”, relembra.
Segundo análise da Brigada Militar, os animais são abatidos para consumo próprio ou para revenda da carne. “Orienta-se a população a não comprar carne por preços abaixo dos de mercado e de pessoas que, conforme se sabe, não têm criação de gado. Do contrário, estarão fomentando a continuidade dos crimes.”
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No final de janeiro deste ano, João Gabriel dos Santos, morador do interior de Rio Pardo, registrou um boletim de ocorrência de um incêndio que atingiu a residência de seu pai, um idoso de 88 anos. Na ocasião, a casa estava desocupada e ninguém ficou ferido. Porém, o imóvel foi destruído.
Santos acredita que o incêndio tenha sido criminoso, em represália a uma denúncia que ele fez em setembro de 2020, sobre um furto de gado ocorrido no local. “Eu denunciei e uns tempos depois eles colocaram fogo.” Além disso, o morador também conta que, há cerca de oito meses, indivíduos espalharam óleo no local onde terneiros dormem. “Não chegaram a levar nada, mas acho que foi um aviso de que iriam colocar fogo”, diz Santos.
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