O governo federal iniciou, nessa semana, o pagamento da primeira parcela do 13º salário. O Rio Grande do Sul é o quarto Estado com maior número de depósitos do abono anual da Previdência Social. No Vale do Rio Pardo, são pelo menos 113.762, representando a circulação de R$ 160.622.269,60. É mais recurso que chegará ao comércio.
Os depósitos começaram na última quinta-feira, 25, para beneficiários de até um salário mínimo, e seguem até 7 de junho para os que têm direito ao teto do INSS. A segunda parcela será paga no fim de junho e início de julho. É voltado a segurados e dependentes da Previdência Social que, durante o ano, tenham recebido auxílio por aposentadoria, pensão por morte, incapacidade temporária, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão.
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O 13º é usualmente pago no segundo semestre de cada ano, em agosto e novembro. A antecipação foi anunciada, no início do mês, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É considerada pelo presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Cruz do Sul (Apopesc), Germano Kelber, um fato positivo, mas merece atenção de quem receber. “Muitos acabam gastando o valor agora e falta no fim do ano, quando temos gastos maiores, como as festas”, alerta.
Kelber recomenda que seja reservada parte do valor em poupança, por exemplo, para dar um suporte nos últimos meses do ano. “De qualquer forma, é uma iniciativa muito boa, que dá um impulso para o comércio”, afirma. Ele reforça que, em Santa Cruz, somente entre os aposentados urbanos, isso significa mais R$ 60 milhões circulando.
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O presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, César Cechinato, acredita que poderá haver impacto positivo, beneficiando a economia local. “Mais compras e, consequentemente, mais produção. Como, muitas vezes, o aposentado faz parte de um núcleo familiar ampliado, ajuda filhos e netos a quitar dívidas ou adquirir algo a mais.”
O valor que será colocado em circulação não chega todo de uma vez. O INSS adotou um cronograma que inicia o pagamento por aqueles que recebem um salário mínimo. De qualquer forma, é uma quantia significativa, porque, conforme o presidente da Apopesc, cerca de 80% dos aposentados e pensionistas ganham esse valor.
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Ele ressalta que muitos municípios têm a economia atrelada aos recursos recebidos pelos aposentados. “É importante que as pessoas busquem a associação, como forma de mostrar representatividade e para aproveitar os serviços disponibilizados”, destaca. A entidade é associada à federação estadual e à confederação, que agrega todos os beneficiários do País. “Assim, mostramos mais força e evitamos que sejam perdidos mais direitos, como o que as viúvas perderam. Antes, ganhavam 100% de pensão e baixou para 50%”, exemplifica Kelber.
Até 7 de julho
O INSS definiu regras para o pagamento antecipado do 13º salário dos beneficiários. Os primeiros a receberem são os que ganham um mínimo nacional (R$ 1.320,00). A data é determinada conforme o final do Número de Identidade Social (NIS). Começou nessa quinta-feira e segue até 7 de junho. Para esse grupo, a segunda parcela passará a ser paga no dia 26 de junho, indo até 7 de julho. Aqueles que recebem mais do que um mínimo, podendo chegar ao teto, passam a ter os valores depositados a partir de 1º de junho, indo até 7. A segunda cota é de 3 a 7 de julho.
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A média salarial nacional é R$ 1,7 mil. “É um dinheiro usado para completar a renda da família, para ajudar o neto a comprar uma coisinha a mais”, destaca o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. “Esse dinheiro circula. É mais gente comprando, mais gente vendendo, mais gente produzindo”, acrescenta.
Toda essa movimentação, diz o presidente do Sindilojas, Mauro Spode, repercute de forma positiva na região. “Além do pagamento de eventuais dívidas, espera-se um retorno nas vendas. Isso já aconteceu no ano passado”, afirma.
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