De sexta-feira até o fim da tarde deste domingo, 21, o Vale do Rio Pardo registrou 21 óbitos por Covid-19. Em Venâncio Aires foram sete mortes. Cinco eram moradores do município, um era de Boqueirão do Leão e outro de Passo do Sobrado. Todos estavam internados no Hospital São Sebastião Mártir.
Em Santa Cruz do Sul, a Secretaria de Saúde confirmou que desde as 17 horas de sexta-feira até as 17 horas de domingo, seis pessoas entre 37 e 86 anos morreram em decorrência da doença: duas na sexta-feira, uma no sábado e três nesse domingo. A pasta também contabilizou o óbito de um homem de 57 anos na quinta-feira. O resultado positivo do teste chegou apenas nesse domingo. O total de mortes em Santa Cruz é de 134.
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Em Rio Pardo foram seis óbitos: cinco homens, com idades entre 39 e 82 anos, e uma mulher de 85 anos. Em Sinimbu, a Secretaria de Saúde e Bem-Estar Social, confirmou mais duas mortes, uma delas na noite de sábado, de uma mulher de 79 anos que estava no Hospital Beneficente Sinimbu e tinha histórico de obesidade. O outro falecimento aconteceu foi na madrugada desse domingo, na mesma casa de saúde. Trata-se de uma mulher de 65 anos que tinha histórico de hipertensão e obesidade.
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Segundo o painel da Secretaria Estadual de Saúde, que é atualizado de hora em hora e monitora 300 hospitais em todo o Rio Grande do Sul, no domingo a ocupação de leitos de UTI Covid ultrapassava os 100%. Por volta das 18 horas eram 3.261 pessoas internadas, das quais 2.342 encontravam-se em leitos de UTI do SUS (98,4%) e 919 em leitos privados (131,9%). Em leitos fora da UTI Covid-19, havia 7.535 vagas ocupadas (76,37%). Já o número de respiradores em uso era de 3.261(81,6%).
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No Vale do Rio Pardo, a situação não era diferente. Nas três principais casas de saúde da região, a superlotação era iminente. No Hospital Ana Nery havia 44 pacientes internados no setor Covid/leitos clínicos e 12 na UTI Covid. No ambulatório, mais quatro pacientes aguardam leito.
De acordo com o diretor-executivo do Ana Nery, Gilberto Gobbi, a capacidade passava dos 500% para Covid. Gobbi informou que a situação do oxigênio está sob controle, no entanto, a preocupação é com a falta de cilindros.
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“A disponibilidade de oxigênio para o hospital está tranquila por enquanto. O que nos preocupa é a falta de cilindros para a reposição, o que nos obriga a ir com frequência a Santa Maria encher os recipientes. Quanto à medicação, o problema é no País inteiro, o que sempre nos deixa apreensivos”, relatou.
No Hospital Santa Cruz, a ocupação durante a tarde estava em 100%, com pacientes em 25 leitos de UTI e seis em espera. Havia 54 pacientes em área com 51 leitos clínicos. Já no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), em Venâncio Aires, a ocupação se mantém a mesma registrada em outros dias e chega a 100% dos leitos de UTI.
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“A lotação na UTI vem de há muito tempo. O que oscila de vez em quando é o número de pacientes na emergência aguardando leito. Nesse fim de semana, de novo teve um pico considerável. Tenho 13 pessoas aguardando por uma vaga”, ressaltou o administrador do HSSM, Luis Fernando da Rocha Siqueira.
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Ele revelou também que faltam medicamentos, como sedativos. “O oxigênio por enquanto está normal. Faltam sedativos, da categoria de neurobloqueadores, que temos dificuldade de encontrar no mercado. Para suprir a demanda estamos usando medicamentos substitutos, não tão modernos quanto os que usamos normalmente.”
Em Lajeado, no Vale do Taquari, a ocupação no Hospital Bruno Born chegava a 126%. Todos os 27 leitos de UTI Covid estavam ocupados. Havia sete pessoas na fila aguardando por uma vaga. Na UTI intermediária, dos quatro leitos, três estavam preenchidos. Na internação, dos 55 leitos, 37 (67%) estavam em uso. Já na sala de observação, das oito vagas restavam apenas duas livres. A maioria dos internados é do sexo masculino (50,6%), com idades entre 60 e 69 anos.
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