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Região terá lockdown no fim de semana, mas Helena Hermany decide não aderir ao fechamento

A prefeita Helena Hermany (PP) anunciou na tarde desta quinta-feira, 11, que Santa Cruz do Sul não vai aderir ao lockdown regional no próximo fim de semana. Ainda assim, Helena fez um apelo à população para que evite ao máximo a circulação a fim de frear a circulação do vírus.

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Este seria o terceiro fim de semana de lockdown no município. Segundo Helena, a decisão foi tomada após a conclusão, avalizada por especialistas de saúde, de que restrições mais radicais só teriam um efeito prático significativo se permanecessem em vigor por cerca de 15 dias, o que, conforme a prefeita, é insustentável do ponto de vista econômico. Com isso, o município deve seguir, no sábado, 13, e no domingo, 14, as regras da bandeira preta do modelo de distanciamento controlado do governo estadual.

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O anúncio foi feito durante uma coletiva na qual Helena lançou um conjunto de medidas econômicas para mitigar os impactos da pandemia. Na ocasião, a prefeita disse que a decisão foi por dar “um voto de confiança” às pessoas. “Não é um decreto que vai fazer as pessoas mudarem de atitude. É o caráter e a empatia”, falou. Helena pediu ainda que as pessoas fiquem em casa “em respeito aos empresários que não podem abrir seus negócios”.

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Na região, haverá lockdown

Após a análise de dados técnicos e científicos sobre o avanço da pandemia, os prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) decidiram implementar um novo lockdown regional a partir da noite desta sexta-feira, 12, até a madrugada de segunda-feira, 15.

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Na assembleia extraordinária realizada na manhã desta quinta, 11, o assessor técnico da entidade e médico infectologista Marcelo Carneiro relatou a situação crítica nos hospitais da Região 28. Às 13 horas, o painel da Secretaria Estadual da Saúde apresentava uma taxa de ocupação de 128% dos leitos de UTI Covid, e 106% nos fora de UTI. O uso de respiradores também seguia acima de 106%.

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“Em um ano de pandemia, é a primeira vez que existe a real possibilidade de faltar respiradores. O suporte de atendimento está chegando num esgotamento. A curva de uso de oxigênio triplicou e aquelas cenas que assistimos na TV de outros Estados estão perto de acontecer por aqui”, afirmou Carneiro.

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Baseados nessas informações e nos relatos de que já estaria havendo uma leve redução no número de novos casos e de pessoas com o vírus ativo, os gestores municipais optaram por repetir as restrições de circulação de pessoas com maior fiscalização. Cada Município está autorizado a definir o período do lockdown e quais serviços e estabelecimentos essenciais funcionarão.

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“Só tá abrindo vaga na UTI quando alguém morre. Isto é muito sério e grave. A comunidade precisa compreender a necessidade de mais um lockdown. São dois dias para ficar em casa que farão a diferença ali na frente, todos têm de colaborar nesse momento para cortar a circulação do vírus”, disse o prefeito de Vale do Sol e presidente da Amvarp, Maiquel Silva.

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Maiquel ressaltou no encontro que o comércio e outros serviços estão fechados por causa das regras de bandeira preta estipuladas pelo governo do Estado. Ele citou o caso do município de Planalto, no norte gaúcho, que teve uma multa diária de R$ 50 mil fixada pela Justiça por permitir a abertura de estabelecimentos não-essenciais.

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Para o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, os números seguem alarmantes, mas “já começamos a enxergar uma luz no fim do túnel após os finais de semana de lockdown”.

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Conforme a prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, a região inteira está passando por uma situação muito preocupante. “Só mudamos de endereço, os problemas são os mesmos na sua maioria. Com muito trabalho de conscientização e fiscalização, conseguimos manter Sinimbu na regra 0-0, sem internações e óbitos. Mas agora já chegamos a 7 mortes e estamos com 15 internados no hospital. É fundamental esta medida que estamos tomando em nível regional para evitar um colapso maior”.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Amvarp.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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