A maioria dos municípios que integram a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) está sofrendo com a falta da vacina bivalente contra a Covid-19. Dos 13, apenas dois – Candelária e Mato Leitão – ainda possuem estoque, mas as doses disponíveis são poucas e não há previsão de reposição. A bivalente é preconizada para pessoas consideradas mais suscetíveis a casos graves e mortes provocadas pelas variantes mais recentes da doença. Assim, o público-alvo são idosos; gestantes e puérperas e pessoas imunocomprometidas e com comorbidades.
Conforme a responsável pela 13ª CRS, Mariluci Reis, o levantamento realizado na manhã de sexta-feira, 19, mostrou que Candelária possui ainda 30 doses, e Mato Leitão dispõe de seis aplicações. Já Gramado Xavier, Herveiras, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz estão com os estoques esgotados. Somados, esses 13 municípios possuem uma população superior a 325 mil habitantes.
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O problema, contudo, não é local, mas também estadual e até mesmo nacional. O Ministério da Saúde vem enfrentando dificuldades para adquirir novos lotes da vacina em função de divergências entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna quanto ao pregão de compra. A distribuição do imunizante bivalente aos Estados e prefeituras foi interrompida no dia 13 de março, há mais de um mês, e ainda não foi restabelecida. Diante disso, uma nova campanha de vacinação, que estava prevista para abril, foi adiada para maio.
O setor de Vigilância e Ações em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul confirma a indisponibilidade desse tipo de vacina e ressalta que a responsabilidade de adquirir e repassar as doses aos Estados e prefeituras é do governo federal. Desde o início da vacinação contra a Covid-19, em janeiro de 2021, o município recebeu mais de 376 mil doses e aplicou 324 mil delas, uma taxa de 86,1%.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde havia anunciado a estratégia de vacinar com a bivalente e a cada seis meses toda a população considerada de risco. O objetivo é aplicar nesses grupos imunizantes atualizados contra as cepas mais recentes do coronavírus. A iniciativa, contudo, enfrenta recorrentes dificuldades e atrasos em razão da baixa disponibilidade e demora para a compra no mercado internacional. A expectativa da pasta é conseguir adquirir, nas próximas semanas, pelo menos 12,5 milhões de doses.
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