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Região se mobiliza sobre consulta pública da Anvisa a respeito de cigarros eletrônicos

Representantes de Santa Cruz do Sul, municípios da região e entidades se reuniram no Palacinho da Praça da Bandeira nessa sexta-feira, 2, para discutir a consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). O encontro foi uma iniciativa da prefeita Helena Hermany, para que a região preencha o formulário e se mostre a favor da regularização de cigarros eletrônicos no País.

Ato contou com a participação de prefeitos do Vale do Rio Pardo e entidades ligadas ao setor. População é convidada a participar | Foto: Alencar da Rosa

A proposta da Anvisa refere-se à proibição dos DEFs, o que inclui todos os tipos de cigarros eletrônicos. O ato normativo também impacta a publicidade e divulgação, por meio eletrônico ou impresso, ou qualquer outra forma de comunicação ao público, consumidor ou não desses produtos. 

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A consulta pública teve início em dezembro do ano passado e segue até a próxima sexta-feira, 9. Qualquer pessoa poderá enviar contribuições ou comentários sobre a proposta de regulamento. Tendo em vista a proximidade do fim do prazo, a mobilização sobre o tema quer chamar a atenção para que a população maior de 18 anos, empresas e entidades preencham a enquete de forma favorável ao setor do tabaco, que tem uma significativa importância na economia da região.

​​O encontro no Palacinho reuniu prefeitos de cidades vizinhas a poucos dias da 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco. O evento internacional é conhecido por decidir medidas que impactam a produção da planta no Brasil. A COP ocorrerá na próxima semana, no Panamá.

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Para a prefeita Helena Hermany, a mobilização é uma forma de expor a preocupação das lideranças locais sobre o assunto. “O setor do tabaco movimenta muito a nossa economia. Temos que valorizar nossos produtores e as pessoas que trabalham nas fumageiras, pois é um dos setores que mais impactam a economia.”

Entidades do setor demonstram preocupação

Entidades ligadas ao setor do tabaco, como a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), também se juntaram à mobilização. Os dirigentes destacaram a importância de a população participar, para que os dispositivos eletrônicos para fumar sejam regularizados, como já ocorre em outros países.

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O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, ressaltou que a Índia produz 25% da nicotina extraída do tabaco. Com a proibição no Brasil, deixará de receber investimentos e não haverá criação de novas empresas do ramo. “Com a regulamentação, teremos a geração de mais empregos, renda ao produtor e fomento para toda a cadeia envolvida. Pedimos que todos participem.” 

Para o presidente da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher, se nada for feito para se obter uma regularização, a Anvisa fará sua definição. “Temos que apontar o que está injusto para nossos produtores e municípios. Com a participação de todos, poderemos ter um decisão satisfatória e que nos atenda para uma regulamentação do que está ilegal no País”, convidou.

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Schünke: setor poderá ser beneficiado
Drescher: regulamentação é necessária

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Como participar

Desde 2009, todos os dispositivos eletrônicos para fumar estão proibidos pela Anvisa. A regra inclui comercialização, importação e propaganda. Em 2019, dez anos depois portanto, foi aberto processo regulatório para discussão dos DEFs, com audiências públicas, alertas, revisões, pareceres e uma série de procedimentos.

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Na consulta pública, qualquer pessoa interessada pode enviar contribuições sobre a proposta de regulamentação, através de um formulário eletrônico disponível no portal da agência. Ao final do período, a Anvisa irá avaliar as contribuições e divulgar o relatório. O link de acesso ao formulário eletrônico pode ser acessado em bit.ly/vapeanvisa

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É importante preencher os dados de forma correta e ficar atento às perguntas. Um destaque é a questão referente à norma da proposta e seus impactos no setor do tabaco. A pessoa favorável à liberação dos dispositivos eletrônicos deve clicar em “Negativo”, e contra a liberação deve clicar em “Positivo”. O preenchimento do formulário é limitado a um por dispositivo. Quem não está acostumado a utilizar a internet, mas que quer participar, pode se deslocar até o Palacinho (na Praça da Bandeira) e aderir ao abaixo-assinado até a próxima sexta-feira. O horário de atendimento é das 8 horas ao meio-dia e das 13 às 17 horas.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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