Depois de um 2021 no qual a vacinação contra a Covid-19 foi um dos maiores desejos da população e a oferta de doses era escassa e motivo de longas filas, a situação se inverteu em 2022. Hoje, sobram vacinas e faltam interessados na imunização. Diante disso, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) e seus municípios de abrangência precisam trabalhar em conjunto para evitar ao máximo o desperdício, que pode ocorrer tanto pelo fim do prazo de validade como por frascos abertos que não tiveram todo o conteúdo utilizado.
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Conforme explica a farmacêutica Andrea Wiesioek, do setor de imunizações da 13ª CRS, a região não enfrenta maiores problemas com data de validade; no entanto, há perda de doses em função de os frascos serem multidoses. Isto é, o mesmo recipiente possui quantidade de imunizante suficiente para a aplicação em mais de uma pessoa. Depois de aberto, a duração do produto varia de seis a oito horas, a depender do fabricante, e o que não foi aproveitado deve ser descartado.
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Assim, se um frasco com dez doses for aberto e somente cinco pessoas procurarem a imunização no período citado, as outras cinco acabam sendo desperdiçadas. Para evitar isso, Andrea salienta que as prefeituras realizam diversas ações, como agendamento das aplicações, remanejamento de doses entre municípios, horário de atendimento estendido nas unidades de saúde e vacinação durante os fins de semana, eventos e outros locais com grande concentração de pessoas.
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Essa queda na procura pelos imunizantes pode ser percebida ao analisar o número de pessoas com aplicações em atraso. Em Santa Cruz do Sul, 79.262 já poderiam ter recebido alguma dose do esquema vacinal e não o fizeram – 8.308 segundas doses, 41.910 com primeiro reforço e 29.044 com segundo reforço.
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No público de 5 a 11 anos, a cobertura também avança lentamente. O município tem 10.249 crianças e adolescentes e até essa terça-feira, 14. Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde, 66,1% receberam a primeira dose e somente 40% estão com o esquema completo.
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