Faleceu na noite dessa quarta-feira, 3, o advogado e ex-prefeito de Rio Pardo, Fernando Wunderlich, aos 95 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Cruz e deixa enlutados a esposa, Mirna Terezinha Kelsch Wunderlich, a filha Mirna Elisabeth Kelsch Schmitz, os netos Fernando Wunderlich Schmitz e Frederico Ernesto Wunderlich e os bisnetos Bento, Aurora e Maria Eulália. As cerimônias de despedidas foram realizadas na capela da Funerária Caminho da Paz, de onde foi encaminhado para o Crematório Metropolitano, em Porto Alegre.
Wunderlich foi prefeito de Rio Pardo por duas ocasiões: de 1956 a 1959 e de 1976 a 1980, respectivamente, pelos partidos MDB e PDT. “Era um homem correto, sério e, como prefeito, fez uma gestão muito boa, dentro da correção e transparência”, destaca o atual chefe do Executivo, Rogério Monteiro, que decretou luto oficial de três dias no município.
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Além de sua atuação como gestor público, o ex-prefeito era reconhecido por seu trabalho na área jurídica “como um grande advogado”, destaca Monteiro. Ele também recorda de uma característica de Wunderlich: toda vez que passava pela contadoria do Fórum para verificar algum processo, deixava uma bala de hortelã. “Tenho grande respeito e carinho pelo doutor Fernando”, resumiu o prefeito.
O ex-prefeito participou ativamente da criação de símbolos do município, como o brasão, em 1954, ainda como vereador; a bandeira, em 1957; e a promulgação do hino, em 1980.
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Questionador
Em sua passagem pelo serviço público, Fernando Wunderlich teve iniciativas que fogem do tradicional. Viu, em seu segundo governo na Prefeitura de Rio Pardo, a possibilidade de adicionar ao mandato mais dois anos, por meio de emenda parlamentar. Negou. “Na oportunidade, não aceitei a prorrogação do meu mandato porque não achei a medida legítima, pois não havia sido pelo voto popular. Fui eleito pelo povo para quatro anos, e não seis”, ressaltou em entrevista concedida ao jornalista Cristiano Silva em 2020.
Wunderlich via na conjuntura política do País, Estado e região um momento ímpar. “A situação que estamos vivendo é sem par na história do Brasil. Vemos problemas de ordem política. Não há mais temperança ou racionalidade nos atos.” Recordou, na ocasião, a oportunidade de apertar a mão do presidente Getúlio Vargas, em um evento realizado em São Lourenço, Minas Gerais.
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