A safra 2021/2022 já acumula pelo menos 67 sinistros em estufas de tabaco no Vale do Rio Pardo. Conforme os dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o principal problema são os incêndios, mas também há registros de raios, destelhamentos e queda de granizo. Para evitar prejuízos, os produtores precisam ficar atentos a alguns cuidados básicos.
Conforme o gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, uma das principais causas dos incêndios é a pressa em realizar a secagem do produto. “O agricultor está vendo o tabaco queimando com o sol e perdendo qualidade na lavoura, aí ele quer acelerar para secar mais rápido e poder colher mais e, em alguns casos, acontece a queima”, salienta. Os produtores integrantes do sistema mutualista recebem um auxílio para a reconstrução, desde que haja tabaco na estufa no momento do fogo.
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Ainda assim, a depender da quantidade perdida e da extensão dos danos provocados, o auxílio pode não ser suficiente para cobrir tudo. Isso porque, além do valor do produto e da reforma da estufa, o fumicultor perde ainda tempo para colher. “A reconstrução demora alguns dias. Imagina com esse clima que temos agora o tabaco ficar mais dez dias na lavoura. As folhas que seriam BO1 (classe mais valorizada) já perdem essa qualidade, então o prejuízo realmente é muito grande”, reforça Ogliari.
Outro ponto de atenção diz respeito às estufas elétricas, cada vez mais utilizadas e que demandam cuidados específicos. O técnico aponta que mais da metade dos incêndios ocorre em modelos desse tipo. “O calor é muito mais intenso. Às vezes o Titanic (tipo de fornalha) tem ferrugem e solta a fagulha para fora. Uma fagulha em um tabaco quase seco vai destruir essa estufa, que é muito mais cara”, observa.
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Atenção
Para evitar esse tipo de ocorrência, a orientação é que na entressafra o produtor faça uma vistoria completa na estrutura em busca de pontos de ferrugem e outros problemas que, se não solucionados, podem vir a causar um acidente. Além disso, é necessário respeitar os limites do equipamento. “Há um ciclo para a cura do tabaco, não adianta querer antecipar colocando mais fogo porque aí existe o risco de sinistrar a estufa”, alerta o gerente técnico da Afubra, Paulo Ogliari.
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