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SECA

Região já tem sete municípios em situação de emergência por causa da estiagem

Seca: rios como o Pardinho têm apresentado vazão muito fraca nas últimas semanas

Com o agravamento da estiagem, Sobradinho decretou situação de emergência na última quarta-feira. O documento foi assinado pelo prefeito Armando Mayerhofer. Os prejuízos no campo somam R$ 31 milhões, de acordo com o levantamento da Emater/RS-Ascar e Secretaria de Agricultura. Segundo o coordenador da Defesa Civil, José Carlos Spanevello, há uma alta demanda para abertura de bebedouros e para entrega de água nas comunidades da zona rural.

O prefeito concedeu entrevista ao quadro Giro Rural, no programa Giro Regional da Rádio Gazeta FM 98,1. A falta de chuvas e a perspectiva de clima seco para os próximos três meses preocupam a administração municipal. “Vamos ter um impacto econômico muito grande. A quebra da safra agrícola afeta bastante na formação do ICMS para o próximo ano”, destacou.

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Ainda não há perspectiva de racionamento. Contudo, famílias do interior recebem água de caminhões-pipa, pela falta de poços artesianos. “Uma das dificuldades é o abastecimento de água para os animais, já que os açudes estão praticamente secos. Estamos empenhados, com as secretarias de Agricultura e Obras, para amenizar a situação.”
Até essa sexta, 31, 108 municípios decretaram situação de emergência e nove tiveram a condição homologada e reconhecida. No Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, os municípios na lista são Boqueirão do Leão, Jacuizinho, Mato Leitão, Salto do Jacuí, Sobradinho, Venâncio Aires e Tunas.

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Segundo o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Rotiere Guarienti, já existe um volume considerável de pedidos de seguros, por meio do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), para as lavouras de milho, tabaco e soja, além das plantações de hortaliças, parreiras de uvas e, na pecuária, com os bovinos de corte e leite.

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Sinimbu se prepara para decretar Situação de Emergência

A prefeita Sandra Backes vai decretar Situação de Emergência em Sinimbu devido a estiagem. O levantamento de dados está sendo realizado pelas Secretarias Municipais, Defesa Civil e Emater.

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A principal dificuldade do Município hoje diz respeito ao abastecimento de água para consumo humano e animal. A Secretaria de Obras está atuando de forma intensa no fornecimento de água potável para consumo e também na abertura de aguadas em propriedades, atendendo praticamente todas as localidades do Município. Da mesma forma, está em andamento o relatório que estima as perdas na agricultura.

Devido as dificuldades no abastecimento de água, deve iniciar nos próximos dias o racionamento. O fornecimento será interrompido em algumas horas do dia. Para isso, a Administração Municipal lembra a população que é fundamental ter reservatórios de água em suas residências e/ou estabelecimentos comerciais.

Da mesma forma, segue o apelo para que não haja desperdício. A população não deve lavar telhados, carros e calçadas, não pode molhar gramas e flores e deve manter as instalações hidráulicas em dia. Denúncias sobre o desperdício de água podem ser encaminhadas para o WhasApp da Prefeitura pelo telefone  (51) 99962 7885.

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Boqueirão do Leão

Conforme o vice-prefeito Luis Augusto Schmidt, a situação é crítica. O prefeito Jocemar Barbon assinou o decreto na quarta-feira. A Prefeitura vai abrir poços em localidades do interior para servir de central de distribuição, o que facilitará o atendimento das regiões mais afetadas. Aguadas foram abertas e caixas-d’água estão sendo adquiridas. As lavouras registram perdas em todas as culturas. “Precisamos tomar medidas imediatas para amenizar os problemas”, disse Schmidt.

Salto do Jacuí

O prefeito Ronaldo Olímpio Pereira de Moraes assinou o decreto de situação de emergência na última quarta-feira. Os prejuízos estimados são de R$ 80 milhões, com base em dados fornecidos pela coordenadora municipal da Defesa Civil, Melissa da Rosa; pelo chefe do escritório da Emater/RS-Ascar, Leandro Carvalho; pelo presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, Gilmar Tespessel; e pelo técnico agropecuário da cooperativa Cotriel, Giovane Glatt.

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“Nossos produtores são pilares da nossa economia, e estamos ao lado deles para enfrentar essa difícil realidade e encontrar maneiras de minimizar os impactos. Estamos preocupados com as famílias, não só com os prejuízos econômicos, mas também com a situação emocional que estão vivenciando diante da estiagem”, disse o prefeito.

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Jacuizinho

De acordo com a Defesa Civil, a Prefeitura investiu R$ 42 mil para compra de caixas-d’água e mangueiras. O interior está sendo abastecido com caminhões-pipa. Os prejuízos se acumulam nas lavouras de milho, feijão e tabaco. Alguns produtores optaram por não plantar soja. Produtores de leite recorrem a alternativas para alimentar o gado, como silagem e aveia, já que as pastagens não são suficientes. “A situação é melhor para quem tem reserva de água e consegue irrigar a lavoura. Tem gente cortando milho seco para alimentar o gado. Vivemos uma condição muito complicada”, comentou o coordenador Alencar Teleken.

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Mato Leitão

O prefeito Carlos Alberto Bohn assinou o decreto na manhã dessa quinta-feira. A estiagem afeta 469 famílias do município. A Prefeitura vai auxiliar os produtores com renegociação de dívidas do Pronaf, Proagro e outros. Os prejuízos na agricultura chegam a R$ 14,9 milhões. Os produtores recebem auxílio com o fornecimento de água e abertura e limpeza de bebedouros.

Com a perda da produção, destinada especialmente para merenda escolar e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), as famílias da agricultura familiar terão dificuldade para garantir as necessidades básicas e cumprimento das obrigações financeiras. Outra situação, apontada pela Secretaria de Assistência Social, é a perda da fonte de renda para muitas pessoas que dependem do trabalho executado em propriedades, atuando como diaristas/tarefeiros. O poder público já atendeu neste ano 455 famílias com o auxílio-alimentação.

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