A Dália Alimentos inaugurou ontem a primeira unidade de produção de leite com robôs implantada na região: o Condomínio Leiteiro Botucaraí. Localizado em Linha Boa Vista, interior de Candelária, o empreendimento já está em atividade há cerca de 50 dias com parte do rebanho que comporta. Atualmente está com 155 vacas alojadas, das quais 103 em ordenha. A capacidade da unidade de produção é para 210 animais em ordenha e 262 no total, incluindo animais em período seco e de pré-parto. O restante do rebanho será alocado gradativamente. A produção atual é de aproximadamente 3 mil litros de leite por dia.
A cerimônia de inauguração contou com a participação de produtores associados e familiares, direção da Dália, autoridades e líderes políticos. Conforme o presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto Antônio Piccinini, o condomínio leiteiro robotizado tem possibilidade de faturar R$ 3,5 milhões por ano. Na implantação da unidade foram investidos R$ 5,6 milhões, recurso aportado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Conforme o supervisor do setor de Gado Leiteiro da Dália, Fernando Oliveira de Araújo, o condomínio leiteiro de Candelária é formado por uma associação de produtores que hoje não fabricam mais leite de maneira individual nas suas propriedades. Todos eles trabalham de forma coletiva na unidade inaugurada nessa quinta-feira, que envolve 15 associados, entre famílias de produtores e a Cosuel. Cada agricultor é sócio do empreendimento e tem uma cota na sociedade. Eles também são responsáveis pela alimentação e aquisição das vacas.
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O empreendimento, com as instalações físicas e os equipamentos, consiste num investimento da Cosuel/Dália Alimentos. Já o município participou com a doação da área de terra e instalação dos pontos de água e energia elétrica. No local, as vacas são ordenhadas por três robôs importados da Suécia e a intenção da Dália é adquirir mais um futuramente. A estrutura toda do condomínio inclui uma área de alojamento dos funcionários, outra de armazenamento de silagem e pré-secados, um pavilhão para o maquinário e concentração de insumos, mais uma área de criação de animais jovens de até 90 dias de idade e o pavilhão principal.
No pavilhão principal fica todo o rebanho adulto e estão as instalações de manejo e ordenha das vacas, além da parte administrativa da granja. Para o presidente executivo da Dália, Carlos Alberto Freitas, essa unidade é uma grande ideia de como organizar o sistema produtivo nas pequenas propriedades para a melhoria da renda e da qualidade de vida dos produtores. Este é o quarto condomínio leiteiro robotizado implantado pela Dália Alimentos. Os outros três estão localizados em Nova Bréscia, Roca Sales e Arroio do Meio, no Vale do Taquari.
Como funciona
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Na unidade inaugurada, as vacas ficam 24 horas por dia no pavilhão principal, em sistema de confinamento. Elas são mantidas nas áreas de cama, de onde saem para a área de alimentação. A ordenha robotizada está instalada no centro do pavilhão. Ao saírem do espaço de alimentação e água, elas têm um único caminho a seguir e passam por um portão de seleção automática.
Nesse ponto, o chip de identificação que o animal tem num colar informa se está na hora de ser ordenhado. Se estiver, a vaca é direcionada para a ordenha. Do contrário, retorna para a área de camas. Esse sistema funciona 24 horas por dia. A média no condomínio é de 2,7 ordenhas diárias. Nas estações, os equipamentos são colocados nas vacas de forma automática.
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