Um caso recente de raiva herbívora colocou autoridades do Vale do Rio Pardo em estado de alerta. Após coleta de amostra, foi confirmado caso positivo para a doença em um bovino no interior de Vale do Sol. A informação é da fiscal estadual da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Cruz do Sul, Giovana Rosa da Costa. Ela falou sobre o tema em entrevista à Rádio Gazeta FM 98.1.
Segundo a fiscal, no momento a situação é de preocupação. “Foi coletada amostra e tivemos a comprovação do laboratório de animal positivo, o que identificou que temos a circulação da raiva na região. Em função da proximidade das localidades, principalmente de Passa Sete, e também em função da topografia, da característica da região da serra, estamos fazendo esse alerta aos produtores de toda a região. Estávamos em observação e agora entramos em uma fase de alerta”, ressalta.
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Ainda de acordo com Giovana, o trabalho das equipes de inspeção agropecuária é permanente. Equipes estão sempre em alerta para a possibilidade de surgimento de novos casos. “Não tem tratamento. A raiva causa uma infecção severa no sistema nervoso, no cérebro”, salienta.
A raiva herbívora é transmitida pelo morcego hematófago Desmodus rotundus, sendo alguns esconderijos habituais destes mamíferos troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas. Entre os sintomas estão falta de apetite, afastamento do rebanho, prostração, andar cambaleante e impossibilidade do animal se levantar. A doença atinge principalmente bovinos e equinos, que são contaminados quando agredidos por morcegos hematófagos infectados.
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Orientação
De acordo com a fiscal, todos os produtores que moram em localidades de divisa com Vale do Sol, Candelária, Sinimbu e Herveiras estão sendo orientados a vacinar seus animais contra a raiva, com ênfase para Costa do Rio, Barro Preto, Serra Velha, Lageado Sobradinho, Belo Monte, Carijo do Buraco, Caçador, Murta e Baixo Passa Sete.
“Existem algumas agropecuárias que são cadastradas junto ao serviço da Defesa Agropecuária e são autorizadas a vender a vacina. O produtor deve ir até esse estabelecimento, adquirir as doses necessárias e aplicar em seus animais. Assim como os produtores levavam seu isopor para adquirir a vacina contra a Febre Aftosa, se sugere o mesmo para manter a temperatura desta vacina contra a raiva, pois necessita estar na temperatura certa”, pontua. A imunização necessita de segunda dose após três semanas para garantir maior eficácia.
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Cuidados
Percebeu-se que, em função de não ter havido casos registrados recentemente, muitos produtores deixaram de vacinar seus rebanhos, segundo Giovana Rosa da Costa. Contudo, a migração das colônias de morcego foram se movimentando. Neste sentido, a profissional ressalta a importância dos produtores em contribuir com a verificação de possíveis pontos onde as colônias se encontram, uma vez que a inspetoria possui furnas e outros pontos registrados para acompanhamento, mas não consegue identificar todos os novos lugares. “Precisamos que os produtores nos notifiquem, principalmente se notarem agressões em seus animais”, acrescenta.
Segundo a fiscal, um dos perigos para transmissão do vírus se dá quando o produtor, achando que o animal possa estar engasgado, acaba colocando a mão na boca do animal. “Aí mora o grande perigo de contaminação dos produtores. É por isso que a vacina precisa ser eficaz e tem tanto controle”, frisa.
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