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Alternativas

Região dos Vales recebe fórum digital para discutir a competitividade

Encontro foi realizado online

Na tarde dessa quinta-feira, 13, ocorreu o segundo dos oito fóruns digitais regionais do seminário “Competitividade pelo Rio Grande – Juntos para Recomeçar”. Lideranças da Região dos Vales do Caí, do Taquari e do Rio Pardo falaram dos desafios para melhorar a competitividade do RS. 

O presidente do Legislativo gaúcho, deputado Ernani Polo (PP), fez a abertura da atividade, lembrando que o objetivo dos fóruns regionais é mesclar representantes do setor público, do meio acadêmico e do setor privado para dialogar em busca de alternativas para ampliar a competitividade do estado, que é um dos focos de sua gestão à frente da Casa. “Hoje, a Assembleia Legislativa fala para a região dos Vales e está muito perto de vocês, mesmo que de forma digital”, anunciou aos participantes do evento. 

O parlamentar ainda falou da pandemia e das medidas que a ALRS adotou para evitar a disseminação da doença e também para auxiliar o Executivo, com destinação de recursos para as áreas de educação, saúde e agricultura. “Nossa função é apoiar a sociedade no esforço de salvar vidas e manter os empregos”, enfatizou. 

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Além dos painelistas, participaram deputados e representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Tribunal de Justiça e da Federasul, entre outros. O evento virtual segue, na próxima quinta-feira (20), com a presença de lideranças da Região da Serra e Hortênsias.

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Painéis
A diretora-presidente da Fruki, Aline Eggers, apresentou a empresa, que é quase centenária e a maior indústria regional de refrigerantes do Rio Grande do Sul. Com atuação no estado e em Santa Catarina, emprega 900 funcionários. Sobre a competitividade, Aline destacou o sistema de bandeiras do modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, que causa grande preocupação por não haver uma previsibilidade dos períodos de abertura e fechamento das atividades econômicas. “Entendemos e praticamos o distanciamento e os protocolos de higiene, mas o sistema de bandeiras tem deixado as empresas fragilizadas e trazido um enorme impacto para suas finanças”, explicou. Também comentou sobre o projeto de reforma tributária, dizendo que a proposta de alíquota para o setor é satisfatória, diferente da primeira versão apresentada pelo governo, mas a questão da substituição tributária ainda traz preocupações. Por fim, sugeriu que o Estado dê desconto às empresas que pagam em dia os impostos, ao invés de só dar descontos e facilidades de negociação àquelas devedoras.   

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O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil, Benício Werner, disse que o ano tem sido importante negativamente, em função da pandemia. Lamentou o cancelamento da Expoagro Afubra, prevista para ocorrer de 18 a 21 de março, em função da Covid-19. Ele apresentou números do setor no RS e no Brasil sobre a diversificação da produção, a distribuição fundiária, o faturamento no setor e as exportações. Segundo Werner, a estimativa para a safra 2019/2020, a ser confirmada até o fim de agosto, é de um faturamento de R$ 2,76 bilhões, com a produção de 269,7 mil toneladas de tabaco. Ainda destacou duas audiências públicas realizadas pela Comissão de Agricultura da ALRS este ano: em 25 de junho, para discutir a comercialização da safra de tabaco 2019/2020; e, em 23 de julho, para tratar da política do preço do fumo e o cenário da fumicultura no estado.

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O presidente da SIM Rede de Postos, Neco Argenta, apresentou o empreendimento, que é a maior rede de postos de combustíveis e lojas de conveniências do país, atuando nos três estados da região sul do país e empregando três mil funcionários. Destacou as discussões realizadas pelo Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico da ALRS e que, desde o começo da pandemia, o setor, junto com os hospitais, não fechou em nenhum momento. Conforme Argenta, nesse período apenas 10 funcionários testaram positivo para a doença e já estão recuperados. “Não estou menosprezando o vírus, mas acredito que podemos conviver com ele”, afirmou. Sobre a pandemia, disse que ela possibilitou aos empresários analisarem seus negócios e que obrigou as empresas a readequarem sua atuação e melhorarem sua gestão. Defendeu que o poder público tenha uma agenda positiva, dizendo que a reforma tributária é necessária, mas também é preciso uma reforma administrativa, a redução do tamanho do Estado e a continuidade dos processos de privatização.

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A reitora da Universidade de Santa Cruz do Sul e presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), Carmen Lúcia de Lima Helfer, falou do papel das 14 universidades comunitárias do RS, destacando as três da região (Unisc, Univates e Feevale). Além do ensino, pesquisa e extensão, elas geram emprego, renda, desenvolvimento, inovação e tecnologia nas regiões onde estão, enfatizou Carmen. Sobre a pandemia, informou que as aulas nas universidades comunitárias foram suspensas por apenas três dias e, após, elas foram retomadas de forma virtual para as disciplinas teóricas e, em maio, com a regulamentação do Estado, as práticas foram retomadas. Citou as ações solidárias realizadas pelas universidades comunitárias, como apoio da comunidade e iniciativa privada, como testes, doação de máscaras e EPIs. Avaliou que a pandemia fez com que as instituições precisassem se reconfigurar para ofertar atividades online e modificar o fazer pedagógico. Por fim, disse que a pandemia será um divisor de águas e sugeriu que é preciso que haja um pacto entre a iniciativa privada, as universidades, o poder público e as comunidades para se ter mais empreendedorismo, mais inovação e mais competitividade.

O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, lembrou que a região, junto com a de Passo Fundo, foi a primeira a registrar um aumento acentuado de casos confirmados de Covid-19, no começo do modelo de distanciamento controlado. Para ele, a pandemia trouxe uma das situações mais difíceis para o poder público, que é intervir na vida privada das pessoas impedindo que elas trabalhem. Segundo ele, desde março, além de surtos em frigoríficos, casas de repouso e presídio, Lajeado enfrentou ainda uma enchente. Ele também falou das ações que vem sendo implementadas na cidade para ampliar sua competitividade, como a aprovação de um novo Plano Diretor, o que irá ampliar a possibilidade de investimentos; a flexibilização de licenciamentos ambientais; o programa Promove Lajeado, com o parque tecnológico do município; e o Pacto Lajeado pela Paz, com ações de repressão à criminalidade e treinamento sócio-emocional e educação empreendedora para estudantes das redes pública e privada.

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O presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, também falou da pandemia, das enchentes e da estiagem que atingiram o RS em 2020. Defendeu o trabalho coletivo do setor público com a comunidade e a iniciativa privada para enfrentar as adversidades e criticou a falta de agilidade do Estado, citando que o Distrito Industrial de Taquari aguarda há mais de três anos pelo licenciamento ambiental, o que não é mais admissível nos dias atuais. Sobre o tamanho do Estado, defendeu que é preciso adequá-lo às necessidades das comunidades, o que não significa necessariamente sua diminuição. Citou que, em sua gestão, só há dois secretários e houve redução em 80% dos gastos com cargos em comissão, além de atração de novos investimentos para a cidade, como uma empresa de call center. Defendeu ainda que o poder público se utilize mais do auxílio das universidades e do Sistema S para melhorar sua gestão.

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Confira o calendário dos próximos seminários, que serão sempre às quintas-feiras, às 14 horas:

20 de agosto – Serra e Hortênsias
27 de agosto – Região Sul
3 de setembro – Campanha e Fronteira Oeste
17 de setembro – Região Noroeste e Missões
24 de setembro – Região Central 
1º de outubro – Região da Produção e Norte

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