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Região amplia grupos prioritários; confira a lista de comorbidades

O Vale do Rio Pardo recebeu nessa sexta-feira,30, uma nova remessa com 6,2 mil doses de vacinas contra a Covid-19. Todas elas são de Oxford/ AstraZeneca (Covishield) e serão disponibilizadas como primeira dose para completar a imunização das pessoas com 60 anos ou mais e também para ampliar o acesso às pessoas com comorbidades. Assim que chegou à 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), em Santa Cruz do Sul, o lote foi dividido e distribuído aos outros 12 municípios de abrangência do órgão.

Conforme as diretrizes emitidas pela Secretaria Estadual da Saúde, o grupo 1 das comorbidades contempla pessoas com síndrome de down maiores de 18 anos; pessoas com doenças renais que fazem tratamentos por diálise maiores de 18 anos; gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) que têm alguma comorbidade; pessoas com 55 a 59 anos com comorbidades; e pessoas com deficiência permanente cadastradas no programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.

A organização e a forma como essas doses serão aplicadas dentro desses grupos prioritários podem ser definidas pelas prefeituras. Em Santa Cruz do Sul, conforme adiantou a secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o critério será a idade: primeiro as pessoas com comorbidades de 59 anos, depois as de 58 anos, e assim sucessivamente. Em relação às segundas doses da CoronaVac, o Estado recebeu somente 7 mil vacinas e decidiu aguardar novas remessas antes de distribuir.

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Ainda em relação à organização, Daniela destaca que o formato de aplicação ainda está sendo discutido. “É impossível hoje a gente fazer drive-thru para comorbidades. Não é simplesmente a pessoa chegar lá e apresentar um documento dizendo que tem a comorbidade, como era na H1N1. Além de ter a comorbidade, é preciso conferir qual é o critério dessa pessoa, as medicações que essa pessoa toma”, explica. No caso dos hipertensos, por exemplo, primeiro serão vacinadas as pessoas que, mesmo tomando três medicações ou mais, não conseguem controlar a pressão arterial.

Ainda conforme Daniela, essa necessidade de investigar o histórico de cada pessoa torna o processo mais demorado. “Nós fizemos uma média e no nosso drive-thru levava um minuto para vacinar no carro quando ele para embaixo da barraca do Exército. Hoje, esse um minuto vai virar no mínimo meia hora”, ressalta. Por conta disso, a aplicação ocorre nos postos de saúde a partir de segunda-feira. A orientação é para que a população leve uma cópia do documento que comprova a comorbidade, que ficará retida na unidade para fins de controle.

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CONFIRA A LISTA DE COMORBIDADES

Diabetes: todas as pessoas com diabetes mellitus.

Hipertensão Arterial Resistente (HAR): quando a pressão arterial permanece fora dos padrões recomendados mesmo com o uso de três ou mais medicamentos.

Hipertensão Arterial estágio 3: pressão arterial sistólica acima de 180 e/ ou diastólica acima de 110, independente de comorbidade.

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Hipertensão Arterial estágios 1 e 2: pressão arterial sistólica entre 140 e 179 e/ou diastólica entre 90 e 109 com presença de comorbidade.

Pneumopatias crônicas graves: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática)

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Insuficiência cardíaca: com capacidade de bombeamento do coração reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente da classe funcional.

Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico e hipertensão pulmonar primária ou secundária.

Cardiopatia hipertensiva: hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins).

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Síndromes coronarianas: Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio, entre outras.

Valvopatias: lesões de válvula cardíaca que afetam a circulação do sangue, sintomática ou com comprometimento miocárdico.

Miocardiopatias ou pericardiopatias: de quaisquer causas ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.

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Doenças da aorta, grandes vasos e fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e grandes vasos.

Arritmias cardíacas: com relevância clínica e/ou cardiopatia associada.

Cardiopatia congênita no adulto: que afeta a circulação de sangue, crises hipoxêmicas (baixa oxigenação), insuficiência cardíaca, arritmias e comprometimento miocárdico.

Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: portadores de próteses de válvula biológicas ou mecânicas; dispositivos cardíacos implantados.

Doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.

Doença renal crônica: estágio 3 ou mais e/ou síndrome nefrótica.

Imunossuprimidos: transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente superior a 10 mg ao dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; neoplasias hematológicas.

Anemia falciforme: todas as pessoas com a doença.

Obesidade mórbida: índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 40.

Síndrome de down: trissomia do cromossomo 21.

Cirrose hepática: classificação A, B ou C.

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