A prefeita Helena Hermany (PP) se prepara para encaminhar à Câmara nas próximas semanas um novo desenho do secretariado. A ideia é recriar pelo menos uma das duas pastas que foram extintas na reforma aprovada no início do governo. Tudo indica que a Habitação será desmembrada das áreas de Desenvolvimento Social e Esporte.
O governo já tem na ponta da língua a justificativa para o aumento de estrutura – e, consequentemente, de gastos: o enxugamento foi feito em meio à crise decorrente da pandemia, que agora está praticamente vencida, e o Município, hoje, além de folga nas contas, projeta aumento de arrecadação. Outro argumento é de que alguns setores precisam de mais atenção.
Embora haja pressões no grupo governista por espaço no governo, Helena tem dito que não entregará o comando das novas pastas para partidos e vai priorizar perfis técnicos. Caso se confirme, será um banho de água fria no PSD, que há meses reivindica uma secretaria.
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A resistência em atender aos apelos do PSD tem motivo. Helena já disse que não se sente confortável em abrir terreno para a sigla, que tem entre seus quadros desafetos remanescentes do governo Telmo Kirst. Outro problema é o fato de a legenda abrigar políticos com pendências judiciais, incluindo quatro ex-vereadores implicados na Operação Feudalismo.
O ex-vereador Alex Knak (MDB) ainda não decidiu uma posição para as eleições deste ano, mas está empenhado em concorrer novamente a prefeito em 2024. Após um ano fora dos holofotes, ele voltou a se movimentar recentemente. Há poucos dias, publicou um vídeo na internet no qual fazia críticas ao governo pela demora na obra do calçadão da Floriano.
Embora o vice-prefeito Elstor Desbessell tenha dito, ao sair do PL, que passaria um tempo sem partido, integrantes do PP têm expectativa de convencê-lo a se filiar em uma reunião do partido na próxima quinta-feira, para a qual ele foi convidado.
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Muito contestada durante as discussões sobre o aditivo da Corsan, a cláusula que prevê a incorporação de legislações futuras ao contrato foi objeto de intensas negociações entre Prefeitura e Estado nos bastidores antes de o assunto chegar à Câmara. Diante de pressões por causa do receio de que isso comprometesse a autonomia do Município, o Palacinho exigiu uma nova redação, mais suave. O principal interlocutor no Estado foi um egresso do curso de Direito da Unisc, o procurador Juliano Heinen.
Ainda não se sabe quem irá presidir o PTB após a migração dos principais quadros para o PL.
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