Para entender os impactos da pandemia no aprendizado de crianças e adolescentes do estado, a Assembleia Legislativa encomendou um estudo do Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO). Foram ouvidos 1,5 mil gaúchos de oito regiões do Rio Grande do Sul sobre a educação no contexto da Covid-19. Os principais apontamentos são sobre a necessidade de políticas públicas que assegurem o reforço escolar, promovam a segurança sanitária e investimentos para a aquisição de equipamentos e estrutura tecnológica para as aulas em formato híbrido.
Conforme o presidente do Legislativo, deputado Gabriel Souza (MDB), os dados coletados servirão como base para a elaboração de proposições legislativas que contemplem o cenário atual. “São referências importantes da nossa sociedade, pais e mães, professores, e cidadãos de um modo geral, que também sofrem com os efeitos da pandemia e têm contribuições significativas”, declarou o parlamentar.
A partir dos três pontos principais obtidos no estudo, Souza destaca a criação de projetos de lei que viabilizem programas de recuperação do conteúdo para mitigar a baixa aprendizagem gerada pelo ensino remoto, sobretudo no ano passado; estipulação de protocolos sanitários, incluindo a aquisição de EPIs e outras iniciativas para que seja possível manter as aulas no formato presencial; e a compra de ferramentas tecnológicas para garantir a qualidade das aulas em formato híbrido.
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Projeto incentiva qualificação das estruturas das escolas
A partir do diagnóstico apresentado pela Assembleia Legislativa, o deputado Carlos Búrigo, anunciou o projeto de lei que cria o “Programa de Incentivo à Qualificação da Infraestrutura Física e Tecnológica da Rede Estadual de Ensino”. Seguindo a metodologia do Programa de Incentivo ao Acesso Asfáltico (PIAA/RS), a proposta prevê que empresas possam destinar uma parte do ICMS devido para a qualificação da infraestrutura física e tecnológica das escolas estaduais.
Sobre o estudo
O levantamento integra as ações da Presidência da ALRS no projeto “O RS pós-pandemia”. A primeira fase consistiu em um debate, que reuniu especialistas em educação, em maio. Já a segunda etapa compreendeu a aplicação e divulgação da pesquisa sobre as tendências apontadas pelos educadores e, por fim, será feita a entrega de um pacote de ações legislativas. O ciclo de debates promoveu também discussões sobre economia e saúde. O próximo tema será desigualdade social, agendado para este mês.
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