Vivendo sob as restrições da bandeira preta desde o dia 27 de fevereiro, na tentativa de frear o rápido avanço da pandemia, o Rio Grande do Sul pode começar a perceber nos próximos dias o efeito da menor circulação de pessoas nas ruas e em estabelecimentos comerciais. Isso porque são necessários de dez a 14 dias para que o impacto das medidas possa ser verificado, tanto na redução de novos casos como na consequente queda na demanda por leitos hospitalares.
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, a secretária de Saúde de Santa Cruz do Sul, Daniela Dumke, lembrou que os impactos das aglomerações verificadas nas festas de fim de ano e no carnaval demoraram aproximadamente duas semanas para serem percebidos como aumento de casos e internações, e que o mesmo período é necessário para observar os efeitos positivos do isolamento social que vem sendo realizado nos últimos 11 dias. “Não é porque nos cuidamos em um final de semana que nos dias seguintes já vamos ver o resultado, precisamos desse tempo hábil para ver diminuição e controle da doença”, afirmou.
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“Eu fico muito esperançosa de que, com todas as medidas, todo mundo auxiliando e se cuidando, a gente consiga reverter ao menos um pouco essa situação nos próximos dias”, disse Daniela. Segundo ela, os hospitais do município permanecem com lotação máxima para o tratamento de pacientes com Covid-19. Os demais estão sendo realocados para o Hospital Vera Cruz e o Hospital Monte Alverne. A secretária elogiou o trabalho de gestores, médicos, enfermeiros e demais trabalhadores por seus esforços na linha de frente.
Apesar da lotação, Daniela afirmou que até agora a rede de saúde de Santa Cruz está conseguindo atender a todas as demandas e não foi necessário transferir nenhum paciente para outras regiões por falta de leitos. Em relação a possíveis ampliações, ela enfatizou a situação difícil enfrentada pelos profissionais de linha de frente.
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“O que mais me preocupa é a questão dos recursos humanos. Sabemos que o profissional da saúde também adoece, precisa se afastar, pega Covid, além do esgotamento que está passando”, observou a secretária. Os relatos de dificuldades para contratar e manter equipes são frequentes na região.
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O Rio Grande do Sul recebeu nessa terça-feira, 9, uma nova remessa de vacinas encaminhada pelo Ministério da Saúde. O oitavo lote contém 187,8 mil doses da Coronavac. Os imunizantes devem ser destinados aos profissionais da saúde e para dar continuidade à vacinação de idosos. A distribuição às Coordenadorias Regionais da Saúde e municípios deve ocorrer entre estas quarta, 10, e quinta-feira, 11. Até o momento, o Rio Grande do Sul recebeu do Ministério da Saúde 1,09 milhão de vacinas, entre Coronavac e Oxford/AstraZeneca.
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