O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), de Venâncio Aires, iniciou oficialmente nessa segunda-feira, 4, os atendimentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica. O local havia sido inaugurado em janeiro deste ano, em uma cerimônia com a presença do governador Eduardo Leite, mas não estava funcionando devido à falta de acordo quanto ao custeio da operação. Agora, ficou definido que a Prefeitura vai repassar R$ 400 mil e o Estado, de forma provisória, R$ 200 mil até que se concretize a habilitação dos leitos junto ao Ministério da Saúde para o recebimento da verba federal.

Ainda assim, foi realizado um ato simbólico para marcar a abertura. Estiveram presentes o prefeito Jarbas da Rosa; o secretário municipal de Saúde, Tiago Quintana, e o presidente do HSSM, Marcelo Farinon, além de profissionais da instituição. Em seu discurso, Rosa recordou da época em que não havia serviços como UTI Adulto, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Capital do Chimarrão. “É inimaginável pensar um município do porte de Venâncio Aires sem essas estruturas. Hoje, o mesmo se aplica para a UTI Pediátrica.”

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Para o gestor, a nova unidade será fundamental para salvar a vida de muitas crianças e adolescentes da região no futuro e destacou que, quando se trata de saúde, o dinheiro é sempre bem empreendido. “Não é um custo de R$ 600 mil mensais, é um investimento na vida da nossa população.” Jarbas da Rosa agradeceu ainda o empenho de todos que, de alguma forma, atuaram para viabilizar a construção do novo espaço e o seu funcionamento.

“Imaginem quantas vidas poderão ser salvas aqui dentro. Se isso não for possível, teremos a certeza de que disponibilizamos todo o conhecimento e tecnologia existentes na medicina para a pessoa que precisou de atendimento”, enfatizou o secretário de Saúde, Tiago Quintana. Segundo ele, o início dos atendimentos é um marco na história de Venâncio Aires e será lembrado como tal. “Tenho certeza que daqui a dez anos, 20 anos, vamos olhar para trás e ver como isso foi importante para a nossa cidade.”

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Nova referência para a macrorregião dos Vales

A estruturação do espaço foi viabilizada com recursos do programa Avançar na Saúde, do governo do Estado. Foram R$ 1,6 milhão para a reforma dos ambientes e R$ 1,8 milhão para a compra de equipamentos, que incluem berços aquecidos, camas elétricas, ventiladores pulmonares e muitos outros. No total, o repasse chegou a R$ 3,5 milhões.

A justificativa para a demora no início da operação foi o impasse sobre o custeio dos R$ 600 mil mensais e também a dificuldade para a contratação de profissionais, sobretudo médicos pediatras.

O primeiro problema foi solucionado com um acordo entre Município e Estado. Ficou definido que a Prefeitura de Venâncio Aires vai repassar R$ 400 mil mensais, enquanto o Piratini completará o valor de forma temporária, até que haja a habilitação dos leitos junto ao Ministério da Saúde e esse dinheiro possa chegar por meio do governo federal. Já a questão dos plantonistas está sob responsabilidade de uma empresa de Porto Alegre especializada em gestão de escalas médicas.

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São dez leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS), mas com a possibilidade de que três deles sejam usados para demandas particulares e convênios. Os atendimentos serão de crianças a partir dos 29 dias de vida (bebês recém-nascidos são atendidos em UTIs neonatais) a adolescentes de até 14 anos. O serviço será uma referência para a macrorregião de saúde dos Vales, que inclui diversos municípios nas regiões de Cachoeira do Sul, Sobradinho, Santa Cruz do Sul e Lajeado.

Apesar dessa preferência devido à proximidade geográfica, pacientes de todo o Estado podem ser transferidos para Venâncio Aires se não houver disponibilidade em um hospital mais próximo. Essas definições são feitas pelo sistema de gerenciamento de leitos hospitalares do Rio Grande do Sul (Gerint). Cerca de 40 profissionais vão atuar diariamente na UTI Pediátrica, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, higienização e outros.

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