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Redução na taxa de juros deve ser confirmada hoje

Começou ontem, 18, e será concluída ao final do dia de hoje, 19, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O resultado do encontro é aguardado com expectativa, pois pode interferir nos preços praticados aos consumidores e também na inflação.

Hoje o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e os diretores da instituição têm mais uma rodada de discussões antes de decidir sobre o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 14,25% ao ano. De um total de 70 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 36 esperam corte de 0,25 ponto porcentual da Selic e 32 aguardam por diminuição de 0,50 ponto porcentual. Apenas uma instituição projeta corte de 0,75 ponto porcentual, enquanto outra espera manutenção da taxa básica. 

Se o corte da Selic for confirmado, esta será a primeira vez em quatro anos que o Banco Central reduz a taxa básica. Em suas comunicações mais recentes, o BC condicionou o início do ciclo de cortes da Selic a três fatores principais: queda da inflação de alimentos, recuo da inflação de serviços e avanço dos ajustes fiscais. Na visão de boa parte do mercado, esses três itens apresentam situação melhor agora, o que é indicativo de que a redução vai, de fato, ser confirmada.

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ENTENDA

Queda
Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. Pelas expectativas de instituições financeiras, a Selic deve cair para 14% ao ano. A estimativa de queda, no entanto, pode mudar após a decisão da Petrobras de reduzir os preços dos combustíveis, divulgada na última sexta-feira. As projeções para a taxa Selic constam do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada toda segunda-feira pelo Banco Central (BC). Caso a Selic caia, será a primeira queda nos juros básicos da economia desde outubro de 2012.

Inflação
O principal instrumento adotado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Se o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle inflacionário. Quando mantém a taxa, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controle.

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