Na busca por um método seguro de contracepção, grande parte das mulheres acaba recorrendo às pílulas anticoncepcionais. Porém, para muitas delas, o medicamento causa uma série de efeitos negativos no organismo e o jeito é encontrar alternativas menos invasivas. Na rede municipal de saúde de Santa Cruz do Sul, por meio do Programa de Planejamento Familiar, usuários do SUS têm à disposição diferentes formas para evitar a gravidez indesejada e uma delas é o Dispositivo Intrauterino, mais conhecido como DIU.
De acordo com a coordenação do serviço de ginecologia do Cemai, o dispositivo é indicado para todas as mulheres, independentemente da idade. A eficácia do método é considerada alta, com índice de falha em torno de 3% a 5$, e a proteção dura até dez anos. Após a retirada do dispositivo, a fertilidade da mulher retorna rapidamente, diferentemente de outros métodos que podem levar até mais de ano.
Outra vantagem é que com o DIU não há necessidade de adoção de nenhum outro método contraceptivo de apoio. E no caso de mulheres que acabaram de ter filhos, o dispositivo pode ser inserido já a partir da quarta semana após o parto. Também é importante ter ciência de que o DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Dentre os efeitos indesejáveis que podem ocorrer está um aumento das cólicas menstruais, alterações na menstruação e expulsão espontânea do dispositivo.
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O DIU oferecido pelo SUS é feito de cobre e não libera nenhum tipo de hormônio no organismo. O método impede que o espermatozoide encontre o óvulo, portanto não deixa a gravidez acontecer.
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Mulheres interessadas na inserção do DIU devem procurar a sua unidade de saúde. A ESF Arroio Grande I e a ESF Senai já contam com o serviço, mas somente para a população abrangida por esses postos. Nas demais unidades, a paciente deve solicitar o atendimento e será então encaminhada para o Cemai. No Centro Materno, a mulher passa por uma entrevista completa com uma enfermeira, momento em que fica a par de todas as informações a respeito do método, conhece o dispositivo e pode sanar todas as dúvidas. Ela também precisa assinar um consentimento autorizando o procedimento.
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O próximo passo é a realização de uma consulta médica. Se não houver nenhum tipo de impedimento – gravidez, infecção ginecológica, entre outros -, a colocação do DIU é marcada para ocorrer entre o primeiro e o quarto dia de menstruação. Para as mulheres que utilizam anticoncepcional de uso contínuo, é solicitado antes um exame de Beta HCG para descartar a eventualidade de uma gravidez. Hoje não existe fila para o procedimento e no Cemai são realizadas de três a quatro inserções por mês. O Município também encaminha as pacientes para o Ambulatório de Medicina de Saúde da Unisc.
Cuidados – A implantação do DIU é simples, um procedimento ambulatorial que não requer nenhum tipo de anestesia e leva em torno de 20 minutos. Como há um certo desconforto na hora da introdução – similar a uma cólica um pouco mais intensa – a orientação é tomar um analgésico, algum tempo antes, para minimizar o incômodo.
Depois do procedimento, a recomendação é para que a mulher mantenha uma semana de abstinência sexual, até que o DIU se adapte ao seu corpo. Em 30 dias, ela deve retornar para uma consulta, quando será solicitada uma ecografia pélvica a fim de verificar se o dispositivo está bem colocado. Até essa confirmação, a paciente deverá submeter-se a outro tipo de método anticoncepcional. Já as revisões acontecem durante a realização dos exames de citopatológicos.
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