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Educação

Redação do Enem terá mais peso com as mudanças no Fies

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Provas do Enem vão ser aplicada nos dias 13 e 20 de novembro

Com o maior peso da nota da redação do Enem para os alunos que desejam contratar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), será necessário dedicar mais tempo à parte escrita da prova e comprovar pleno domínio ao se expressar. No sistema anterior, o estudante precisaria ter nota média mínima de 450 pontos e não zerar a redação para conseguir o financiamento. Entre as mudanças aprovadas no mês passado pelo comitê gestor do Fies, será exigida uma nota mínima de 400 pontos para a prova discursiva.

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Se antes a redação já era item fundamental da nota, agora será ainda mais importante se dedicar à parte escrita, principalmente para quem pretende conquistar o financiamento do Fies. Para o professor do curso de Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Elenor Schneider, as duas questões fundamentais para um bom resultado são a leitura e a prática da escrita. “Não é através de informações sucintas dos meios que os jovens apreciam que se vai adquirir conteúdo para escrever. É preciso ler, ouvir, participar de eventos, envolver-se em movimentos culturais e acompanhar a vida do país, do estado e do município para saber das coisas. Só posso escrever sobre aquilo que conheço e só conheço procurando informações”, explica.

Elenor, que também é o coordenador da equipe de avaliação das redações do vestibular da Unisc, aponta que é necessário entrar no tema proposto para a prova discursiva e praticar a escrita. “Quem nunca fez um texto sobre determinado assunto não vai conseguir chegar na hora de uma prova, de Enem ou de vestibular, e ali saber lidar com isso. A boa escrita é resultado de um exercício constante.” Segundo o professor, também é importante submeter os textos à apreciação de outra pessoa e não ter receio das críticas.

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Em relação à digitalização da prova, Schneider acredita que se trata de um hábito, sendo possível escrever à mão e no computador da mesma maneira. No entanto, aponta que a escrita à mão permite uma reflexão mais cuidadosa. Alerta ainda a respeito das fórmulas prontas, muito ensinadas em cursinhos. “É claro que tem de ter uma estrutura, com introdução, desenvolvimento e conclusão, isso é importante, e existem alguns padrões. Mas não pode ser muito mecânico; é possível sair desse caminho, desde que se diga algo interessante”, frisa.

Schneider: a leitura e a prática da escrita

Digital
Neste ano, a prova será aplicada pela primeira vez em versão regular nos dias 1o e 8 de novembro e digital nos dias 11 e 18 de outubro. O exames serão presenciais e realizados aos domingos, e devem marcar a transição da prova do papel para o computador. Em 2020, um projeto piloto será feito com 50 mil candidatos em 15 capitais brasileiras, incluindo Porto Alegre. A adesão será opcional na hora da inscrição, e o valor será o mesmo nas duas modalidades. O Ministério da Educação estima que até 2026 o Enem tende a ser 100% digital. As inscrições devem começar em maio.

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