O fluxo de veículos nos 204 quilômetros da RSC-287, entre Tabaí e Santa Maria, deve ser liberado totalmente até o fim da primeira semana de junho, de forma provisória. A medida foi anunciada pela Concessionária Rota de Santa Maria na manhã de dessa segunda-feira, 20. Já a conclusão das obras têm prazo estimado em um ano. A empresa do grupo Sacyr está mobilizada para a construção de vias laterais e recuperação de pontes danificadas pela enchente histórica, no início deste mês. Ao todo, 15 pontos foram bloqueados em razão das águas; muitos já foram liberados. A concessionária também registrou danos na rede de fibra óptica que faz a ligação dos sistemas de câmeras de vigilância, radiocomunicação e recursos de campo, como as ambulâncias.
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A coletiva para falar sobre a rodovia foi mediada pelo diretor-geral da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato. Conforme ele, o trecho mais afetado é Vila Mariante, em Venâncio Aires. “A ponte sobre o Rio Taquari não sofreu danos graves, mas nos cinco quilômetros da pista que ficaram encobertos pela água existem problemas sérios, mesmo onde a rodovia parece íntegra.”
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Nesse local está sendo executado o serviço emergencial para estabelecer o tráfego em uma estrada provisória, na lateral. “A liberação da passagem de veículos deve ocorrer na primeira semana de junho. A região depende muito dessa rodovia, e não existem alternativas próximas de curto trecho”, ressaltou. A via terá fluxo nos dois sentidos sem a necessidade do sistema pare e siga, mas deve haver restrição para carretas e bitrens.
A expectativa da concessionária é de que a obra na Vila Mariante demore de sete meses a oito meses. “Vamos depender das condições climáticas e prazos de licenças ambientais”, acrescentou. Obras como pontes secas e mais sistemas de drenagem são avaliadas. “Quando se fala em recomposição da pista original, naturalmente não pensamos em executar como estava, mas com a implantação de melhorias para suportar eventos como enchentes.”
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Com o foco voltado para a reconstrução da rodovia, o cronograma para duplicação da RSC-287 terá que ser revisto. Neste momento, o esforço é para liberar a trafegabilidade. Conforme a Rota de Santa Maria, o prazo estimado para liberação da RSC-287 em sua integridade é de um ano. Os recursos previstos para as obras emergenciais já em andamento e as que terão início somam R$ 30 milhões. O valor deve sofrer reajuste conforme o andamento dos trabalhos.
“Com essas enchentes ficou claro que temos uma estrutura muito exposta, assim como outras rodovias do Estado. Teremos que trabalhar na prevenção com estruturas mais resistentes que suportem essas enchentes, que mostram ser mais frequentes”, frisou Leandro Conterato.
O segundo ponto mais afetado da RSC-287 fica em Candelária. A Concessionária Rota de Santa Maria anunciou que vai antecipar a construção de uma nova ponte – prevista no contrato de duplicação – sobre o Rio Pardo, no quilômetro 137, ao lado da estrutura atual, danificada pela enchente.
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Para liberar a circulação de veículos na via, teve início nessa segunda o serviço de recomposição da cabeceira da ponte. “Um vão será demolido de forma controlada, após se avança com a cabeceira até a estrutura íntegra da ponte, com o uso de pedras para dentro do rio. Com isso, poderemos liberar o trânsito até a primeira semana de junho, nos dois sentidos e sem restrição”, explicou o diretor-geral, Leandro Conterato. Feita a liberação do fluxo de veículos, inicia-se a avaliação de construção da nova ponte. De acordo com Conterato, assim que a estrutura estiver pronta, o trânsito será direcionado para a ponte nova e volta a se mexer na estrutura antiga para concluir o trabalho dentro das condições técnicas.
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Uma obra de melhorias foi feita na ponte sobre a Várzea do Rio Pardo, onde a cabeceira sofreu erosão. “Além disso, no quilômetro 135 e 136 houve a erosão da pista. Obras emergenciais estão sendo executadas e o trânsito local foi liberado.” Nesse trecho haverá desvios laterais, como em Mariante, para que ocorra a obra definitiva na rodovia. A liberação provisória nos dois sentidos também é prevista para a primeira semana de junho.
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Conterato frisou que o início das obras na ponte sobre o Rio Pardo dependia de uma solução para a travessia dos pedestres, que até domingo era feita por uma estrutura em madeira. Ontem a pinguela foi removida. Agora as pessoas devem passar pela passarela flutuante instalada pelo Exército na Prainha Carlos Larger. Por enquanto, essa é a opção mais prática para se chegar à cidade a pé.
Entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul, a ponte sobre o Arroio Barriga teve um colapso estrutural. Nesse ponto, uma travessia com galerias será construída por dentro do rio. A medida deve ser implantada até o fim do mês e permitirá a demolição total da estrutura de 20 metros para iniciar as obras.
Mais adiante, outro grande problema é a ponte que cedeu totalmente com a força das águas do Arroio Grande, em Santa Maria. Ali é feito o trabalho de recomposição das cabeceiras. Para permitir o fluxo de veículos até o fim da próxima semana, uma ponte do exército será instalada. A estrutura vai operar em apenas um sentido, com o sistema pare e siga e sem limitação de carga. Uma nova ponte será construída ao lado da estrutura provisória.
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