Morto em combate, em defesa da comunidade, durante um dos períodos mais sangrentos da história recente da segurança pública do Rio Grande do Sul, o major André Sebastião Santos dos Santos recebeu uma das principais honrarias da Brigada Militar. Nessa quarta-feira, 29, ele foi homenageado oficialmente como patrono de um Batalhão de Polícia Militar (BPM), o 23º, sediado em Santa Cruz do Sul, para o qual prestava serviço. O reconhecimento foi confirmado por meio do decreto nº 55.387, publicado no Diário Oficial do Estado.
De acordo com a BM, o nome do major Sebastião foi escolhido pelo fato de o policial ter tombado em combate, no exercício de suas funções. Dessa maneira, ele deixou um legado de admiração e respeito por parte dos policiais militares do 23º BPM e da comunidade santa-cruzense.
Decorrido o prazo legal de pelo menos dez anos de sua morte – ocorrida em abril de 2006 –, em 2018 iniciou-se a tramitação da proposta de designação do referido policial como patrono. A partir daquele momento, seu nome passou a preencher os requisitos estabelecidos pela legislação para receber tal honraria.
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“Com isso, fica eternizada por este ato a memória deste policial, que sacrificou a sua vida em prol da sociedade, registrando o seu nome na história da Brigada Militar”, afirmou a BM, em nota. O comandante do agora 23º BPM – Batalhão Major Sebastião, tenente-coronel Giovani Paim Moresco, ressalta a importância dessa homenagem. “Para mim é uma satisfação poder fazer parte deste momento, pois eu e o Sebastião fomos colegas na turma de formação de sargentos, em 1990, em Santa Maria. É uma homenagem mais do que justa a esse servidor que tombou em serviço. Foi um policial que dedicou sua vida defendendo a nossa comunidade”, ressaltou Moresco.
Morte
Natural de Passo Fundo, André Sebastião Santos dos Santos tinha 34 anos e residia em Santa Maria com a esposa e o filho. Ele morreu em ação no dia 10 de abril de 2006, durante confronto armado com o bando do candelariense José Carlos dos Santos, o Seco, após um assalto à empresa de transporte de valores Proforte. Nessa data, ele não estava escalado para o serviço, mas permaneceu no policiamento.
Após ser informado de que havia um assalto a uma empresa de valores, Sebastião foi o primeiro a chegar ao local, na Rua Júlio de Castilhos, nas imediações do cruzamento onde a via desemboca na BR-471. Ao entrar em tiroteio com os criminosos, ele foi alvejado e morto por um disparo de fuzil na cabeça. Na época, estava na BM de Santa Cruz do Sul havia cerca de um ano. No decorrer de 16 anos de serviço, não cometeu nenhum ato que levasse a algum tipo de punição.
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