A Receita Estadual participa, nesta quarta-feira, 21, da 10ª etapa da Operação Leite Compen$ado, que investiga fraudes na cadeia do leite agora em empresas localizadas nos Vales do Taquari e do Rio Pardo. Além da adulteração do produto, há indícios de sonegação de ICMS por parte de duas indústrias de laticínios (leite e queijo) e outra de produtos de limpeza situadas nestas regiões, que não emitem nota fiscal nas suas vendas. Para mascarar a adição de água ou quando o leite fica azedo, os acusados utilizam produtos químicos (ureia e formol).
Os trabalhos são coordenados pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal do Ministério Público Estadual. Também fazem parte da força tarefa integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Brigada Militar. Ao todo são quatro os locais vistoriados pelo MPE. A participação da Receita Estadual mobiliza oito auditores fiscais das 7ª e 13ª Delegacias, que são responsáveis pela coleta de dados eletrônicos (Informática Forense) e outros documentos nas empresas localizadas em Venâncio Aires, Mato Leitão, Lajeado e Carlos Barbosa. O material coletado serve de base para futuras auditorias fiscais na comprovação da sonegação de impostos.
O subsecretário da Receita Estadual, Mario Luis Wanderlich dos Santos, ressalta que a participação desde a primeira etapa da Operação Leite Compen$ado já identificou vários situações de crime fiscal no setor de laticínios. “Com informações e coleta de provas de sonegação fiscal, já concluímos trabalhos de auditoria que tiveram como resultado autos de lançamento que ultrapassam R$ 23 milhões, somados ICMS, multa e juros”, destacou Wunderlich.
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A Receita Estadual continua subsidiando o MPE e o Poder Judiciário com informações que sirvam de provas contra a saúde pública, afetando a qualidade do leite e seus derivados que diariamente são consumidos pela população.