O tradicional cozido português nasceu num daqueles momentos de falta de recursos das famílias portuguesas, ali pelo século 17. Eram usadas sobras dos legumes e verduras e as carnes menos nobres, adicionando tudo na panela para cozinhar. É um genuíno festival de ingredientes, aromas, cores e sabores. Em Portugal seu preparo ocorre nas refeições domingueiras, para confraternizar e juntar familiares e amigos à mesa. E é este prato de inverno que ocupa a receita desta semana.
Ingredientes: (para 4 pessoas)
Preparo: Coloque as carnes em uma panela de pressão e deixe cozinhar por 20 minutos após ferver. Retire e reserve as carnes e o caldo. Coloque a couve, as batatas, o nabo, as cenouras e o alho, junte as carnes previamente cozidas e cubra até metade com água e complete com o caldo do cozimento das carnes e tempere. Cozinhe por cerca de 30 minutos, retire as carnes e corte-as em pedaços. Coloque as carnes e os legumes numa travessa e sirva acompanhado de arroz branco.
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Mesmo sendo inverno, os vinhos rosés são uma ótima pedida até mesmo para variar a pegada do tinto. Degustei noutro dia um leve e fresco rosé produzido por uma das vinícolas da gigante argentina Catena Zapata. Trata-se do Alamos Malbec Rosé 2019, produzido na altitude de Mendoza, no Vale do Uco, um vinho que possui atenuação da maceração das uvas antes de a fermentação ocorrer. Fundada em 1993, a vinícola recebe o nome “Alamos” em homenagem às árvores que alinham as altas atitudes da região e protegem os vinhedos dos ventos provenientes do Pacífico.
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E este é um rosé que estagia por seis meses em barricas de carvalho francês. Linda cor cereja alaranjada, muito límpido e brilhante. Seus aromas pronunciam frutas maduras vermelhas assim como mamão, marmelo, goiaba, floral e toque bem mineral, quase salínico. Em boca é frutado, fresco, seco, saboroso com ótima persistência e final de boca. Seu baixo teor alcoólico sugere variados momentos para ser degustado, seja num final de tarde ou como companhia para uma boa leva de alimentos.
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Os rosés fazem ótimo par com uma tábua de frios e charcutaria, pois a estrutura deste vinho harmoniza e limpa o sabor dos petiscos curados sem que sua acidez entre em conflito com os possíveis acompanhamentos de picles, mostarda, geleias agridoces e pimenta. Também vai bem com lulas à dorê, peixe frito e batatas fritas, uma vez que limpa o paladar da gordura e deixa uma sensação de frescor em boca, além dos tradicionais frutos do mar, canapés e carnes magras. Possui 11,2% de graduação alcoólica e o ideal é degustá-lo na temperatura de 9 a 12 graus. E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
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Um projeto-piloto de Marca Coletiva apoiado pelo Sebrae foi importante para a estruturação da Indicação de Procedência (IP) Vinhos de Altitude de Santa Catarina, que inclui produtores de 29 municípios catarinenses. Essa é a mais nova concessão do tipo pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Os produtores de vinhos finos tranquilos, nobres, licorosos, espumantes naturais, moscatéis e brandies instalados nesses municípios, que cumprem o Caderno de Especificações Técnicas, poderão usar, a partir da próxima safra, o selo da IP.
A área geográfica da IP abrange cerca de 20% do território catarinense. Ao todo, são quase 300 hectares de vinhedos plantados a pelo menos 900 metros acima do nível do mar, produzindo aproximadamente 1 milhão de garrafas por ano. O INPI já concedeu 84 registros em todo o território nacional. Com a IP Vinhedos de Altitude de Santa Catarina, chega a nove o número de regiões demarcadas para vinhos no País. Dessas, oito têm Indicação de Procedência e uma possui Denominação de Origem (DO).
Você aprende a vida inteira sobre os vinhos, e ainda terá mais a aprender!
Miguel Torres MaczassekPublicidade
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