A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) vai bater o martelo sobre o reajuste da tarifa da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em uma reunião do conselho diretor na manhã da próxima quarta-feira, 19. Com isso, as contas de água terão um novo valor a partir de julho.

Os cálculos foram expostos em uma audiência pública realizada nessa sexta-feira, na Câmara de Vereadores. A Corsan pede um incremento de 13,97%, utilizando o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGPDI) na variação da inflação. Já a Agerst aponta um acréscimo de apenas 5,46%. Antes, a proposta seria de 6,91%, mas a agência entendeu que a Corsan não cumpriu metas estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento e decidiu pela penalidade.

LEIA TAMBÉM: Saiba como economizar água com medidas simples

No entendimento dos representantes dos consumidores, a tarifa não deveria sofrer reajustes. A justificativa é o lucro líquido de R$ 400 milhões da companhia em 2020, mesmo com os impactos da pandemia. Outro motivo é a falta de eficiência no serviço prestado. O lucro total da Corsan foi de 1,8 bilhão. Porém, R$ 1,4 bilhão refere-se à imunidade tributária de impostos federais, conquistada em 2018 pela empresa pública.

O Ministério Público e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul propuseram uma revisão extraordinária. O presidente da Agerst, Auro Schlling, acredita que essa revisão ficará em segundo plano. “Esse lucro da Corsan foi considerado em nossos cálculos. Se a medição dos ativos da Corsan forem concluídos ainda neste ano, a gente já sabe que eles pediriam uma revisão em função desses números. Então, a revisão extraordinária pode acontecer, mas somente nos próximos meses, já que temos datas a obedecer”, sublinhou.

LEIA TAMBÉM: Vereadores rejeitam proibição de cortes de água em Santa Cruz