O reajuste anual de 33,54% aplicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) às tarifas da CEEE para o setor industrial provocará impacto maior principalmente nas pequenas e médias indústrias, no comércio em geral e no consumidor residencial, prevê o coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ricardo Lins Portella Nunes. Segundo ele, quem pode migra para a produção própria de energia ou para o mercado livre, que é o caso de algumas grandes indústrias do Estado.
O coordenador do Coinfra explica que o reajuste autorizado é, em parte, consequência da Medida Provisória 579/12, lançada pelo governo federal em 2012, e que permitiu renovar antecipadamente as concessões das usinas, transmissoras e distribuidoras de energia que venciam entre 2015 e 2017. Em troca disso, as concessionárias beneficiadas tinham que aceitar receber remuneração menor pelo serviço prestado, valor que precisa ser atualizado agora. Na época, o valor da conta de energia elétrica para o consumidor caiu em 20%.
Para Portella, essa medida gerou enorme passivo parcialmente absorvido por financiamento dado pelo governo a estas empresas. “Agora, a conta vem para ser paga, pois não há mais como bancar esses financiamentos. Desse aumento, 26% podem ser colocados na conta do passado, dos desequilíbrios causados pela medida 579”, calcula.
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