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Reajuste com base em dados de 2020 poderia levar passagem em Santa Cruz a quase R$ 8,00

A empresa que detém a concessão para exploração do transporte coletivo urbano em Santa Cruz do Sul tem até janeiro para apresentar um índice de reajuste do preço da passagem para 2021. A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst), no entanto, quer que a situação seja debatida antes da apresentação da proposta. Projeções feitas pelo órgão motivam apreensão: pelos dados do sistema em 2020, com redução drástica do número de passageiros durante a pandemia, a tarifa de ônibus na cidade poderia sair dos atuais R$ 4,45 para quase R$ 8,00.

“Pelos números que nós temos hoje, até novembro, se nada for feito e o pedido for encaminhado em janeiro, faltam números atualizados, mas pelo número de passageiros que a gente tem no momento, ficaria perto de R$ 8,00”, relatou o presidente da Agerst, Auro Schilling, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107.9. Ele classificou o valor como “absurdo”.

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Segundo Schilling, a agência tem instigado a Prefeitura e o consórcio a se reunirem para debater alternativas. “É urgente. Não vamos esperar o consórcio entrar no prazo legal, que ele tem agora em janeiro para pedir o reajuste da passagem, para descobrirmos que a passagem vai para a estratosfera”.

“Espero que não coloquem tudo na conta do usuário, que paga a passagem. O transporte é um problema no Brasil inteiro, em todas as cidades. Em todas houve essa diminuição drástica de passageiros. Quando foram feitos os contratos com as prefeituras, ninguém imaginou diminuição de passageiros, sempre se imaginava o contrário, que os passageiros iam aumentar e que o sistema pudesse melhorar. Então é inevitável que haja alguma alteração no contrato entre consórcio e Prefeitura para que possam arrumar a casa e não estourar a conta no usuário”, disse o presidente da Agerst.

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Schilling defende que o Município e o Consórcio TCS, empresa responsável pelo serviço, cheguem a um acordo para alterações no contrato vigente, ou que a administração pública procure outras saídas, como apoio do governo federal, para evitar o aumento. “Se nada for feito, nenhuma alteração no contrato, o que vai acontecer: a agência pega o que diz a lei, calcula a passagem e apresenta para a Prefeitura, que vai ter que homologar e o usuário vai ter que pagar”, projetou.

O prazo para o Consórcio TCS encaminhar o pedido de reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano encerra em janeiro de 2021. A partir deste encaminhamento e das discussões que serão feitas entre as partes envolvidas, em fevereiro o novo valor da passagem precisa ser definido.

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