Dedicação, atuação em equipe e sensibilidade para tratar a todos da mesma forma são algumas das virtudes da nova titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Santa Cruz. Natural de Campo Novo, pequena cidade do Norte do Estado, Raquel Schneider assume as novas funções nesta quarta-feira, 8, trazendo uma bagagem de mais de dez anos na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), seis deles como titular. Nessa terça-feira, 8, ela conversou com a Gazeta do Sul e falou sobre o novo desafio.
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Ao longo do período em que esteve à frente da DPPA, considerada “o SUS” da Polícia Civil, também comandou a DP de Encruzilhada do Sul. Em Santa Cruz, acompanhou a reforma da DPPA, a criação do núcleo de mediação de conflitos, atividades educativas do órgão em escolas e a criação da Sala das Margaridas. O espaço serve para atendimento de mulheres vítimas de violência.
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Em Encruzilhada, teve notoriedade na investigação que colocou na cadeia o padrasto acusado de matar o enteado de apenas 2 anos em 2018. Experiência que ela pretende levar adiante. “Vi a DPPA mudar bastante. Já tínhamos uma estrutura muito boa, mas veio a se tornar ainda mais adequada. Hoje, por exemplo, o preso não tem contato com a vítima”, comentou.
Segundo ela, o efetivo na DPPA manteve a excelência de trabalho. “Acredito que dei o meu melhor. Fomos uma verdadeira família, passamos por situações difíceis, pois temos que administrar ocorrências no calor da situação, ser imparciais e contar com os colegas. Somos uma engrenagem que só funciona se todos forem bem.”
Durante as férias da delegada Lisandra, Raquel já havia assumido de forma interina a Deam e a DPCA. “Acho que a investigação da violência doméstica é muito sensível, lida com dores diferentes. O algoz é a pessoa que antes era o amor da outra, em caso de feminicídio, por exemplo. Aprendi muito com a delegada Lisandra, na forma como ela conduzia as delegacias com maestria. Não é uma missão fácil. É um desafio. Vai acrescentar muito na minha bagagem profissional”, salientou Raquel.
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Conforme a delegada, as ações precisam ser rápidas. “A engrenagem precisa girar. Existem muitos casos de mulheres que são vítimas, mas não se reconhecem assim e voltam para os agressores. Essas mulheres precisam ser empoderadas, para que não se tornem vítimas constantes.”
Raquel afirmou que estuda instituir no município, o projeto Elas por Elas, já desenvolvido pela Polícia Civil em cidades gaúchas, e que funciona em parceria com academias e escolas de artes marciais. O objetivo é fazer com que vítimas de violência doméstica aprendam noções gerais sobre técnicas de defesa pessoal.
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A delegada Raquel Schneider ressaltou o trabalho de anos desempenhado pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho à frente da Deam e DPCA. “São delegacias que têm uma equipe formada, que conhece o trabalho com grupos de vulneráveis. O trabalho vai ser mantido. Vamos seguir a mesma linha, buscando também melhorar. O que vinha sendo feito estava atendendo à demanda. A minha ideia é acrescentar aquilo que estiver ao meu alcance.”
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