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Ranking revela as 10 marcas que os brasileiros mais falam errado

“Rayban” ou “Reybén”? “Burger King” ou “Bârguer King”? “Mac” ou “Méqui”? Se, não raramente, a pronúncia de certas marcas tem se tornado um desafio por aí, aqui vai uma notícia que talvez possa te consolar: você está longe, muito longe, aliás, de ser o único brasileiro a trocar certas letras quando o assunto é se referir ao nome de grandes companhias de fora do Brasil. 

Quem acaba de comprovar isso é a Preply, que analisou os mecanismos de busca mais populares do país e descobriu que, somente nos últimos doze meses, dúvidas a respeito da fonética de palavras estrangeiras geraram mais de 6,5 milhões de idas à internet de Norte a Sul — a maior parte vinda de internautas confusos em relação a e-commerces e multinacionais dos ramos alimentício, eletrônico e de moda. 

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Ora, mas quais seriam as marcas responsáveis pelos erros de pronúncia mais recorrentes e por que elas costumam ser tão desafiadoras para os falantes do português?

Shein, a marca mais difícil de se pronunciar no Brasil

Amado por muitos, criticado por outros, um dos e-commerces com as maiores audiências no setor de importados é, também, aquele cuja pronúncia mais tende a render discussões entre os brasileiros: afinal, se fala “xêin”, “xáin” ou “xi-in”? Caso essa também seja a sua dúvida, conforme explica a plataforma, está correto quem vem apostando na terceira opção — e tudo faz ainda mais sentido quando se conhece a história por trás do nome.

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Isso porque, ao desenvolver a gigante chinesa, hoje responsável por vender roupas e acessórios em diversos países, seu fundador Chris Xu tomou como base uma expressão em inglês: “She inside” (“ela dentro”), que, em outras palavras, resumiria seu desejo de incluir o público feminino na moda de maneira acessível. Levando em consideração o fato de que, em inglês, o som do termo “she” (“ela”) é pronunciado como “xi”, teria-se, portanto, algo como “xi-in”, versão curta e prática da frase original. 

NuBank, Apple, AirBnB

Mesmo concentrando o maior número de pesquisas online, é preciso enfatizar que as dúvidas da população não se restringem à marca chinesa, se estendendo aos mais diversos segmentos (e idiomas!) mundo afora.  Se considerado o aspecto linguístico, aliás, é possível dizer que o grande destaque da lista gira em torno das marcas estadunidenses e britânicas, que parecem evidenciar a dificuldade comum dos brasileiros em se comunicar na língua inglesa: é tanto o caso da loja de moda Burberry, comumente pronunciada como “burbéri” (em vez do original “bôrbeuri”), por exemplo, quanto o da líder de tecnologia Apple (“épou”) — por muitos referenciada como “êipou”. 

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Entre as cervejas mais amadas pelos brasileiros, a norte-americana Budweiser também não escapou das confusões por parte das pessoas, algo compreensível dada a origem difusa de seu nome. É que, embora tenha se tornado um símbolo dos Estados Unidos, a criação da bebida veio das mãos de Adolphus Busch, alemão que, ao lado do genro, se inspirou em um tipo de cerveja da antiga cidade de Budweis, em uma região distante do Império Húngaro. A versão americanizada se transformou, assim, em Budweiser (“bôduaiser”).

Mas até mesmo as marcas brasileiras causam dúvidas quando os termos escolhidos por seus donos fogem do português. Não por acaso, ao longo do período em questão, mais de 4 mil pesquisas no país tiveram como ponto de partida a pronúncia do banco digital Nubank (“nubénk”), cuja fundação, mesmo tendo ocorrido em São Paulo, surgiu da união entre pessoas de diferentes lugares: um colombiano, uma brasileira e um norte-americano… o que certamente influenciou a escolha de um nome em inglês.

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Icônicas, mas difíceis de entender: as marcas francesas mais desafiadoras

Sejamos sinceros: se já é um grande desafio pronunciar marcas de língua inglesa, com a qual parte da população costuma ter certo tipo de contato, imagine só quantas dificuldades envolvem falar certas palavras quando estas estão em outros idiomas? Provando a hesitação diante das diferenças fonéticas entre o português e francês, ao longo do último ano, dúvidas quanto ao som de três marcas surgidas na França se converteram em milhares de buscas online entre os brasileiros — interessados, de forma geral, em entender como se diz o nome de empresas específicas dos ramos de moda, cosméticos e acessórios de luxo. 

Um dos volumes de pesquisa mais consideráveis do período, a propósito, girou em torno da Sephora, queridinha das blogueiras de moda e companhia por trás de mais de 25 mil pesquisas nos mecanismos online. Tal movimentação não é à toa: popularmente pronunciada como “séfora” no Brasil, bem como “sefôura” nos Estados Unidos, sua sonoridade original, na verdade, enfatiza tanto a primeira quanto a última sílaba (isso mesmo, “séforá”). 

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Juntam-se a ela, ainda, os ícones da moda de luxo Louis Vuitton — cuja pronúncia poderia ser descrita como “Luí Vitón” — e Yves Saint Laurent (“Iv san lôrran”), que, para a alegria dos consumidores, perdeu o “Yves” em 2012, passando a se chamar somente Saint Laurent. Bem mais fácil, não? 

Metodologia

Para desvendar as pronúncias de marcas que mais geram dúvidas nos internautas, a pesquisa da Preply teve como ponto de partida milhões de buscas online relacionadas às expressões “pronúncia de”, “como se diz” e “como se fala”, abarcando pesquisas realizadas nos últimos 12 meses. Compreendidos os nomes de maior relevância, uma segunda análise girou em torno da procura total por cada expressão — o que possibilitou a criação de um ranking com base no comportamento digital dos brasileiros no período. 

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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