A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) prepara uma denúncia ao treinador Miguel Ángel Ramírez e ao Internacional. O treinador estava nas arquibancadas e entrou na área técnica para passar orientação aos seus auxiliares durante a partida. O árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima relatou o episódio na súmula. A situação de Ramírez ainda não estava regularizada na CBF.
O treinador espanhol deve ser enquadrado no artigo 258-B do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar. A pena de Ramírez pode a suspensão de uma a três partidas ou pelo prazo de 15 a 180 dias.
Quem assinou a súmula como treinador do Inter no domingo foi o auxiliar Osmar Loss. Ao longo dos 90 minutos, porém, o auxiliar da comissão técnica de Ramírez, Martín Anselmi, que comandou a equipe. Ramírez assistiu ao jogo na primeira fila das arquibancadas inferiores, rente à mureta atrás do banco de reservas. Ele passou a partida toda passando orientações aos seus auxiliares.
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Edenilson como primeiro volante
Edenilson foi posicionado como o primeiro homem de meio-campo. Na etapa final, com uma derrota por 2 a 1 no momento, a comissão colorada sacou Nonato para a entrada de Rodrigo Lindoso e recolocou o camisa 8 na posição que atua com frequência. A explicação para as mudanças decorreu pelas questões clínicas e físicas do grupo. Rodrigo Dourado ficou fora da partida por se recuperar de uma pancada na coxa direita. Já Lindoso não teria condições de suportar todo o confronto.
“O Edenilson foi o que tínhamos para este jogo. Estamos nos conhecendo. Em base disso, vamos armar. Nada é definitivo. Tivemos poucos treinamentos. Lindoso não podia jogar 90 minutos. Escolhemos Edenilson para fazer este trabalho”, justificou o auxiliar.
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Anselmi acredita que as ideias específicas como a do jogo posicional, saída com três atletas perto da própria área e participação do goleiro com os pés ainda serão absorvidas pelos jogadores. “Creio que a cada final de semana o Inter enfrentará dois rivais: um é o adversário que precisamos ganhar, e o outro somos nós mesmos. Temos de ser um pouco melhores a cada partida, além de ganhar do rival. Disso se trata o processo. Hoje (domingo) vimos algumas situações de insegurança ao longo do jogo. Logicamente é normal, por ser algo que estão aprendendo e não faziam antes. Nosso objetivo como comissão técnica é que isso melhore a cada partida para dar a equipe essa fluidez que buscamos”, avaliou.