O técnico Miguel Ángel Ramírez explicou que o Inter tomava atitudes em campo que o distanciava do plano, mesmo com a vitória já construída diante do Sport no Beira-Rio. A queda de rendimento resultou no empate em 2 a 2. Segundo ele, ainda no primeiro tempo, a equipe começou a fazer coisas que ele não gosta.
Para Ramírez, a equipe não conseguiu levar adiante o plano que havia sido desenhado. No segundo tempo, o espanhol observou uma evolução defensiva, mas ao mesmo tempo, um baixa na produção ofensiva. “Melhoramos no segundo tempo. Mas creio que no segundo tempo pioramos no ofensivo. Custou a voltar a jogar, controlar. Jogamos como uma equipe aberta, e o adversário teve mais espaço. Desde o primeiro tempo tínhamos coisas que com o resultado a favor deveríamos fazer melhor, poderíamos ir para o intervalo com uma diferença maior”, analisou.
Sobre os resultados, Ramírez salientou que os jogadores se esforçam para atuarem dentro do modelo tático proposto. “O gol (contra o Sport) veio a partir de um pênalti. Contra o Always Ready, tivemos 22 finalizações. Não sei se tem alguma equipe que consegue gerar tantas situações no futebol brasileiro. Há dias em que a bola não entra. Estamos analisando, mostrando o que queremos aos jogadores. Perdemos peças e agora vamos recuperando. Vamos recuperando as peças para tentar ser competitivo por mais tempo”, justificou o treinador.
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Ramírez afirma que sabe da desconfiança da torcida e da pressão por resultados. “Sabemos que o resultado manda, mas não podemos agir como a torcida. Somos profissionais e temos de pensar além. Não estamos analisando em cima dos resultados, mas dentro do modelo de jogo que irá nos deixar competitivos, sem depender da sorte ou de decisões da arbitragem. Queremos sempre estar mais próximos da vitória do que da derrota”, sublinhou.
O treinador ainda comentou sobre os recentes protestos de torcedores. “É certo que não ajuda (protestos), mas os entendo. Logicamente, tem gente que está descontente. É totalmente respeitável. O colorado quer ver a equipe campeã. É normal que queiram resultados. Que isso se converta em hostilidade contra os jogadores, não sei se ajuda. Temos que saber que estamos em um clube que terá pressão sempre, que sempre teremos que vencer”, pontuou. “Entendo a situação do clube, a fome de voltar a vencer. Os primeiros que sofrem somos nós, que vestimos essa camisa. Sofremos a pressão de ganhar o quanto antes. Todos sabemos que temos que fazer coisas para que o Colorado volte a vencer. A única coisa que posso fazer é trabalhar com os jogadores. É normal que, depois de alguns anos sem ganhar, se desconfie. Minha obrigação é montar a equipe para voltar a vencer”, concluiu.
Para o zagueiro Lucas Ribeiro, houve erros do árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo nos dois gols do Sport e também naquele que poderia ter sido o gol da vitória colorada. “No segundo tempo, a gente voltou com a mesma postura que o professor pediu, mas, infelizmente, aconteceu o empate. Dois erros da arbitragem. Essa situação nos complica. Pênalti que não foi e segundo lance, na minha visão, estava impedido. Vou ver no vestiário se estava. No final do jogo, a bola não saiu, ele marcou tiro de meta antes”, citou o defensor.
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