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Rainha Daniele Müller vive a realização de um sonho

Ainda criança, Daniele ouvia atenta as músicas cantadas e tocadas ao som da gaita pelo avô Helmuth
Müller. As canções em alemão, que embalaram muitos momentos em família, foram o despertar do que se tornaria amor pela cultura alemã. Descendente de alemães e filha única de um casal de agricultores, Daniele Andressa Müller nasceu em Cerro Alegre Alto, interior de Santa Cruz do Sul, onde mora até hoje. Criada com a ajuda dos avós, cresceu rodeada por influências germânicas – uma delas o dialeto alemão.

Quando chegou o momento de ir à escola, um desafio se impôs. “Cheguei na escola falando o dialeto alemão. Tinha pouquíssima habilidade em me comunicar em português”. Ela estudou na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora dos Navegantes e na Escola Estadual de Ensino Médio Alexandrino de Alencar, ambas em Passo do Sobrado. Sempre ativa e envolvida em diferentes atividades, integrou um grupo de jiu-jítsu e outro de danças – e ainda tocou saxofone.

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Na família de Daniele, todos falam o dialeto alemão. Muitos migraram para a cidade, mas alguns permaneceram no interior, como os pais dela. A valorização e a vivência da cultura germânica sempre foram uma constante. Desde as bandinhas ouvidas aos domingos até o consumo de pratos típicos da
culinária alemã.

Quando chegava a época da Oktoberfest, Daniele assistia atenta aos desfiles. Ao ver as soberanas em cima dos carros alegóricos, ainda criança, imaginava: “Que coisa mais linda. De repente um dia possa ser eu ali em cima”. Antes de tomar a decisão de concorrer a soberana, ela participou de várias escolhas anteriores como torcedora de alguma candidata. Além disso, os shows e a programação da Oktoberfest sempre foram muito bem vividos. “Olhava aquelas meninas desfilando naquela passarela e admirava a coragem que elas tinham”. O sonho de Daniele cresceu e se concretizou com o apoio dos pais, Noemia Müller e Vilson José Müller, e do restante da família.

Foto: Arquivo pessoal

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Experiência antes do reinado

A primeira experiência em um concurso de beleza foi em 2018, quando participou da escolha das soberanas da Liga de Integração do Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc). Representando o Esporte Clube Juventude Cerro Alegre, foi eleita 2ª princesa. A conquista permitiu a ela a oportunidade do envolvimento com todas as comunidades do interior. “Visitávamos todos os clubes. As comunidades nos recebiam com muito carinho”.

Já com uma bagagem em mãos, mesmo assim, sempre optou por esperar o momento certo. E a decisão veio neste ano, no auge dos 24 anos, quando foi eleita rainha da 37ª Oktoberfest. A família, a principal apoiadora, viveu intensamente a conquista junto dela. Desde a infância da filha, a mãe idealizava o sonho de Daniele. “É uma realização para ela também. Eles se sentiram vitoriosos com esse título. Quero que sejamos lembradas como soberanas simples, alegres e de muita receptividade”.

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Uma futura arquiteta

Mesmo admirando o trabalho na agricultura e a profissão dos pais e dos avós, os passos dela seguiram em outra direção. Amante de artes e de desenho, manifestou a paixão por interiores. Ela cursa o 5º semestre de Arquitetura e Urbanismo e trabalha na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) como projetista da instituição. Ainda morando no interior, pensa em se mudar para a cidade em função do trabalho. Na casa dos pais, ela tem um companheiro inseparável: o cão Jack, de 14 anos.

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Rafaelly Machado
Foto: Rafaelly Machado
Foto: Bruno Pedry
Foto: Bruno Pedry
Foto: Bruno Pedry
Foto: Bruno Pedry
Foto: Bruno Pedry

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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