O lateral-direito Rafael Ramos se tornou réu na quarta-feira, 31, pelo caso de racismo em jogo do Corinthians com o Internacional, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. O português foi acusado pelo volante de Edenílson de tê-lo chamado de “macaco”.
Rafael Ramos nega que tenha proferido tal injúria racial. Uma série de perícias foram feitas em imagens do jogo no Beira-Rio e apontaram diferentes resultados.
A 14ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Foro Central da Comarca de Porto Alegre, liderada pelo juiz juiz Marco Aurélio Martins Xavier foi a responsável por acolher a denúncia do Ministério Público e tornar Rafael Ramos réu.
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O juiz apontou na peça que a recepção da denúncia se dá diante das negativas nas buscas por um acordo. Essa fase do processo, porém, não estabelece culpados, apenas dá prosseguimento às investigações, juntadas de provas e oitiva de testemunhas.
O caso vem se arrastando desde o dia 14 de maio, quando as equipes se enfrentaram no Beira-Rio, pelo primeiro turno do Brasileirão – se enfrentam novamente no domingo. Naquele dia, Edenilson ficou transtornado após uma jogada com o rival e saiu reclamando que teria sido alvo de racismo. Ele informou ao árbitro que o corintiano havia dito a ele “fod*-se macaco.”
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As primeiras provas do inquérito foram colhidas ainda na noite de 14 de abril, quando Inter e Corinthians se enfrentaram pelo Brasileirão. Na ocasião, o jogador colorado alegou ter sido chamado de “macaco” pelo lateral-direito Rafael Ramos, do time paulista. No Beira-Rio, o delegado plantonista Carlo Butarelli ouviu os dois jogadores e decretou a prisão em flagrante de Ramos por injúria racial. O jogador foi liberado após o Corinthians pagar uma fiança no valor de R$ 10 mil. A defesa da Rafael Ramos, no entanto, apresentou outra versão do que teria dito o jogador.
De acordo com o advogado Fabiano Cerveira, em entrevista à Rádio Gaúcha, um dia após o fato, o português fez um xingamento a Edenilson usando o termo “mano, caralh*”. Em 8 de junho, o IGP divulgou o laudo da perícia labial informando que não foi possível concluir o que Rafael Ramos disse a Edenilson. O julgamento do caso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deveria ter acontecido no dia 30 de agosto, mas foi adiado devido a compromissos do advogado do time paulista.
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