O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, não passará em branco em Santa Cruz do Sul. A Rádio Gazeta promove o Sábado Mulher, evento que ocorre tradicionalmente para marcar a data comemorativa, na Praça Getúlio Vargas, no dia 12 de março, a partir das 8h30.
Segundo o gerente de eventos e comunicador da Gazeta Grupo de Comunicações, Edson Marques, o Sábado Mulher contará com uma mateada, além da transmissão da programação da rádio diretamente do local. O Hospital Ana Nery participará da ação e irá disponibilizar serviços de saúde, enquanto o Senac vai estar com uma unidade oferecendo diversas atividades relacionadas ao bem-estar feminino. O evento segue até o meio-dia.
Haverá ainda uma caminhada promovida pela Fhaty Di Larouffe. Intitulada de Caminhada Rumo à Saúde e Beleza, a parada chega a se oitava edição. A saída será às 10 horas, no mesmo local. Para participar da caminhada, é preciso realizar inscrição na Casa do Cliente da Gazeta do Sul (Rua Ramiro Barcelos, 1206) ou na Fhaty Cosméticos (Rua Borges de Medeiros, 856).
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Violência contra mulher
No evento do dia 12, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher está presente, distribuindo folders informativos e prestando esclarecimentos sobre a violência contra a mulher. Conforme a presidente da entidade, Susana Teresinha Gaab, representantes do órgão também participarão do programa Sala do Cafezinho, da Rádio Gazeta, no dia 8, e do Rádio Saúde no dia 12. A ideia é debater sobre o papel da mulher e suas conquistas nos últimos anos. “É um dia de homenagem, mas também de reflexão, já que a mulher ainda é vítima de violência”, lembrou Susana.
Segundo a presidente do conselho, o Município oferece muitos serviços para as mulheres vítimas de violência doméstica, mas, em alguns casos, elas não procuram suporte por desconhecerem a existência dos órgãos. Susana salienta que as vítimas podem pedir apoio no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), localizado na Rua Coronel Oscar Jost, 1551, ou no Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher (Rua Marechal Floriano, Praça da Bandeira).
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“As mulheres sentem vergonha e medo de dizer que foram vítimas de violência doméstica. E muitas vezes ela acaba retornando para o agressor. Os serviços que existem não conseguem dar apoio e orientação quando não são procurados”, explicou. A esperança de que o agressor, na maioria das vezes companheiro da vítima, mude de comportamento é o que motiva as mulheres a voltar para casa, de acordo com ela. “Chamamos isso de ciclo de violência”, ressalta, lembrando que 13 mulheres morrem por dia assassinadas por ex-companheiros.
Estatísticas
O Brasil ocupa uma posição nada agradável no ranking global de feminicídios. De 83 países elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país está na quinta colocação. São 4,8 casos de violência contra mulheres a cada 100 mil habitantes.
Em Santa Cruz do Sul, os números também preocupam. De janeiro a outubro do ano passado foram registrados 1362 casos, mais 578 ocorrências com pedido de medidas protetivas. Os números até dezembro de 2015 ainda não foram divulgados.
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