Cobiçado pelos dois candidatos do PMDB que vão disputar a presidência do Senado, o PT deve apoiar o nome que for escolhido oficialmente pelos peemedebistas. Os petistas vão tomar uma decisão oficial somente neste sábado, 31, mas se reuniram por quase três horas nesta sexta-feira, 30, para discutir a sucessão pelo comando do Senado. As eleições que vão escolher o novo presidente do Senado ocorrem neste domingo, 1. O Planalto entrou em campo para apoiar a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) à reeleição, embora oficialmente afirme que o PMDB tem “independência” para escolher entre o atual presidente e o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), que se lançou na disputa.
Renan deve ser escolhido esta tarde pela cúpula do PMDB para ser o candidato oficial do partido, o que pode lhe garantir o apoio do PT. Luiz Henrique já avisou, porém, que vai entrar na disputa mesmo sem o respaldo da sigla, sendo uma espécie de “candidato avulso”. Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) disse que a tendência da sigla é apoiar o nome oficialmente escolhido pelo PMDB, mas não há consenso entre todos os membros da bancada.
O PT é considerado essencial na disputa porque reúne a segunda maior bancada do Senado, com 14 membros. Apesar da pressão do Planalto para o apoio a Renan, há um grupo de petistas alinhados com Luiz Henrique que defendem a neutralidade da sigla na disputa. Como o voto é secreto, Costa admitiu que mesmo que o partido decida por apoiar o candidato oficial do PMDB, no momento da votação cada parlamentar terá liberdade para decidir individualmente – por isso um grupo defende que a sigla se mantenha neutra.
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O petista defendeu que os dois candidatos do PMDB encontrem uma solução para que apenas um se coloque na disputa, o que na prática não deve ocorrer. “Essa é a tendência, que nós votemos no candidato oficial. Por isso o nosso desejo é que eles possam se entender porque são dois senadores que têm muito a contribuir no parlamento brasileiro”, afirmou Costa. A bancada do PT volta a se reunir neste sábado, às 15h30, para discutir a sucessão no Senado.