Quilômetros de Arrancada eram febre em Santa Cruz

Fã das corridas de automóveis, o empresário aposentado Ênio Wermuth guarda fotos dos antigos Quilômetros de Arrancada, que eram uma febre em Santa Cruz do Sul nas décadas de 1960, 70 e 80. Ele recorda que participou de diversos eventos, disputando com o DKW de número 25.

Por muito tempo, seu carro tinha a fama de imbatível. Ele recorda que o veículo era preparado (ou “envenenado”, como se dizia) pelo mecânico Guido Waechter, especialista nessa marca. Ênio se diz um admirador do DKW, que foi fabricado no Brasil entre 1958 e 1967. Aqui, era comercializado pela empresa Spengler S/A (ficava junto ao trevo da antiga Souza Cruz).

Em 1961, as corridas das antigas carreteiras pelas estradas foram proibidas no Brasil. Com isso, surgiram os Km de Arrancada dentro das cidades. Em Santa Cruz, eram na Rua Ernesto Alves, com saída em frente ao Lothar Krause até a esquina com a Senador Pinheiro Machado. Na década de 1970, as provas passaram a ser realizadas na Rua Carlos Trein Filho, entre a Apae e a esquina da Senador Pinheiro. Na década de 1980, antes de serem proibidas, as corridas aconteciam no Distrito Industrial. 

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Participavam carros como DKWs, Fuscas, Karmann Ghia, Gordinis, Simcas e Aero Willys. Mais tarde, tornou-se forte a presença da Volkswagen, Ford e Chevrolet. Havia uma competição muito salutar entre as concessionárias. O empresário Waldemar Bublitz, da Agência Willys, era um grande motivador dos pegas e propiciou corridas muito disputadas entre os Aero Willys (da sua agência) e os Simcas (revenda de Normélio Boettcher).

Para a corrida de março de 1966, em homenagem à Gazeta do Sul, Bublitz envenenou uma Rural Willys, que foi a grande sensação da prova, junto com a carreteira de Osvaldinho de Oliveira (que fez apenas uma corrida demonstrativa).
 

Foto: Divulgação
Pegas na Carlos Trein: disputas entre os DKWs eram uma das principais atrações

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